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UMA BELA IZABELLA

UMA BELA IZABELLA¹

Intuitiva e bastante emotiva, com a psicologia à flor da pele.

Zelosa com os pais, irmãos, avós, tios, primos, sobrinhos, familiares, amigos e clientes.

Atenciosa, ativa e altiva dizem muito de você, um grande coração!

Bella é um pseudônimo muito adequado, fale quem quiser falar o contrário. Defeitos, quem não tem? Entre falhas e distorções, pesa o que maior sobressai!

Eras apenas uma bebezinha não faz muito tempo, para a mãe ainda é uma grande bebê, e entre muitas Izabellas, tu és a mais linda mulher!

Ligeira em tudo que faz, decidida e compenetrada, não tanto teórica, mas o necessário suficiente para a sua prática profissional.

Lágrimas é muitas vezes comum, na emoção, tristeza e em momentos de bom humor, mas não faz mal, elas derretem o sentimento. Legal, as amigas dizem assim, ouvidora e conselheira.

Autoestima e audácia, sinônimo de seu trabalho, da menina ingênua e irreverente, parecia não ter persistência com nada, ela se tornou uma grande e reconhecida profissional. “Consagrada a Deus” este é o significado maior de todas as Isabelas da face da terra.                                          Você é uma delas, acredite!

¹CAMPOS PEREIRA, Maria Helena. Uma bela Izabella. Homenagem à sua filha e a todas as Izabellas que se considerem a mais bonita mulher, quer na subjetividade ou nas ações praticadas, o importante é ser feliz, independente das pujanças e dos olheiros do nada. Ariquemes, Rondônia, 14 de março de 2015.

CHUVAS DE PRIMAVERA

CHUVAS DE PRIMAVERA

Maria Helena Campos Pereira

Não sei o que foi não sei o que é
Hoje a tristeza me invade um tripé,
As mãos trêmulas, cansadas e encarquilhadas,
Parecem trabalhar amarguradas,
Mas, nem se compara com os pés.

A vida passa, o tempo corre e vem aflição,
O clima é bom! Suave o vento e o pensamento,
Não sei o que tenho, nem de onde venho,
Pode ser chuva de inverno, de primavera ou verão.
E toda a angústia de hoje invade meu coração.

Quisera falar da beleza, da gota fina que cai,
Da relva alegre a balançar,
Dos galhos enormes a abanar
Parece dizer que prazer, H²O é meu viver!
Tudo lindo, até a enxurrada a correr.

É maravilhoso ouvir o tic tac
Na telha bate e no chão a jorrar
Pássaros voam nas árvores se escondem
As andorinhas no céu a cantar
E borboletas se escondem
E o beijador beija a flor.

O lamaçal, as poças d’água e a chuva fina a gotejar.
O céu acinzentado estremece a terra com seu furor,
E os trovões sem perceber ensurdecem multidões,
Mas, tudo é lindo, obra do Criador,
Chuvas de primavera, aqui e um amor!

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CAMPOS P, Maria Helena. Chuvas de Primavera. Ariquemes, Rondônia, 2015.

A visão ao viajar

Maria Helena Campos Pereira

Verdes mares, mares verdes
que contrasta o azul do céu
Nesta terra tem tuiuiú
E soja brilha como mel

São imensos campos verdes
Que parecem não ter fim
Um pantanal mui formoso
E a Siriema no Mato Grosso

Terra do Tatu, da garça e do tuiu
A onça vive na mata
E esconde do predador

Você que vive pra cá
Não roda pras banda de lá
Não vê que o Brasil é um painel
De bênçãos e chuvas de mel

Carro vai e carro vem
Tal formiga a carregar
Roda aqui, roda acolá
Com nosso fino maná.
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Escrito em 12 de junho de 2014 ao viajar para o estado de Rondônia, cortar Minas Gerais, Goiás e  Mato Grosso.

Bem Querer

Maria Helena Campos Pereira

A mesma estrada de antes, que hoje estou a passar,
Revela espírito divino, e azul celeste no ar,
E novas matas que vão junto ao caminhar,
O vento lento a soprar e a verde relva abanar.

O algodão doce no céu, com várias formas se vê,
Parece impor seu retrato ao sopro do criador.
Não canso de observar, flocos no céu a bailar,
Cãozinhos e carneirinhos, que cobrem um céu azul mar.

O caminho continua malmequer, bem-me-quer.
Em Oliveiras, o ponto certo, tapete negro a passear,
É arte do grande autor, carpete estético e natural
Colore de ouro e lilás, a minha visão ao olhar.

Carro vai, carro vem, num indo e vindo muito além,
Ao cair da tarde, um amplo esplendor,
O grande rei, entre as montanhas se esconde,
Prova de que nada se iguala à obra do Criador

Algo parece dizer não vá, mas é mistério divino,
Brilho enigmático e exuberante, aos céus responde.
Artifício do Onipotente, quem sou eu pra te deter?
Energia inexplicável bem me quer e bem querer.

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¹ CAMPOS, P. Maria Helena. Bem querer. Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil: Universidade Presidente Antônio Carlos- UNIPAC/GV, 03/01/2015. Professora de Filosofia para crianças e adolescentes e Gestão de processos educativos.  O poema reflete a bem querência, dos povos em todas as nações.

AS GOTAS D’ÁGUA QUE JOGASTE

Vivemos uma época singular, com vertiginosa aceleração do cambio científico-tecnológico.
Globalização, nova sociedade do conhecimento, nova forma de organização social
Geração, processamento e transmissão da informação, como forma de produtividade e poder.
Mente humana com força produtiva direta. Crise estrutural.
Necessidade e exigência social de transformação: da ameça em esperança, da tribulação
em sereno crescimento, da marginalização em participação ativa e transformadora, do simples
crescimento econômico, como prometedor de desenvolvimento integral, da pobreza torturante
em alentadora prosperidade.
Mas, a educação é o caminho para a plenitude humana.
E você professor:

Es implacável em suas ações educativas!
Das profissões existentes pode-se dizer a mais digna porque
Uma depende da outra e você EDUCADOR é a base de todas, e as
Ciências humanas é o elo que interliga as demais, VOCÊ é o alicerce,
Anel de interação, ainda que não esteja dimensionado, seu valor é infinito!
Descortina a leitura, a lógica, a subjetividade e demais quesitos da aprendizagem,
O seu conhecimento é um capital equivalente, a bens e serviços do mais alto nível,
Reflexões, diálogos e plano cooperativo são imprescindíveis em sua arte de ensinar, e a
Educação interdisciplinar é pilar fundamental nas ações democráticas e éticas.
Seus projetos podem ser inovadores, com afeto, criatividade e transformação social.

Portanto, EDUCADOR, faze de tua escola um jardim florido,
onde todas as flores possam exalar perfume,
em consequência das gotas d’água que tu jogaste.

Homenagem da equipe pedagógica/ FAAr

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CAMPOS, P. Maria Helena. As gotas d’água que tu jogaste. Ariquemes, Rondônia: Faculdades Associadas de Ariquemes – FAAr, 2014

coruja

Protagonismo Juvenil

Protagonismo Juvenil – FAAr e SEDUC no encontro estudantil da rede estadual de ensino ¹
 
Protagonismo Juvenil - FAAr e SEDUC no encontro estudantil da rede estadual de ensino ¹ 
 
            
Embora seja uma situação já prevista na Carta Magna do Estado é complexo para muitos educadores e até mesmo para os familiares falar em Protagonismo juvenil. A ideia do protagonismo juvenil é a de estimular a participação do adolescente nas diversas áreas em que ele possa estar inserido, possibilitando aos jovens o envolvimento social, contribuindo não apenas com o desenvolvimento pessoal, mas com o incremento de melhorias das comunidades em que eles estão inseridos, assim, pode-se afirmar de acordo com Costa (1996) que o 
Protagonismo juvenil é a participação do adolescente em atividade que  extrapolam os âmbitos de seus interesses individuais e familiares e que  podem ter como espaço a escola, os diversos âmbitos da vida comunitária; igrejas, clubes, associações e até mesmo a sociedade em  sentido mais amplo, através de campanhas, movimentos e outras  formas de mobilização que transcendem os limites de seu entorno  sócio- comunitário. (Costa, 1996:90)
 
Com base nestas concepções teóricas e também na legislação brasileira é que se reforça a parceria entre FAAr e SEDUC, pois a educação deve envolver os processos de formação, não apenas nas instituições educativas como é afirmado por aqueles que atropelam a educação dos filhos e diz ser responsabilidade das escolas, no entanto, deve ser um processo heptagonal, com desenvolvimento “na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nos movimentos culturais”(LDBEN,1997)
Então, com base nestes fundamentos as Faculdades Associadas de Ariquemes – FAAr, juntamente com Coordenadoria Regional de Educação realizou no dia 08 de maio de 2014, no Auditório Ariquemes, o 1º Encontro dos líderes de turmas das Escolas Estaduais, contemplando alunos de Ariquemes e jurisdição.
A professora Elenice Cristina da Rocha Feza, Vice – Diretora da FAAr, fez a abertura do evento e enfatizou o objetivo específico do encontro com os representantes de turmas, que é proporcionar trocas significativas de conhecimento e experiência aos participantes e, principalmente fortalecer o protagonismo juvenil nas escolas, buscando o desenvolvimento da autonomia, consciência e cidadania dos jovens.
A professora Osmarina dos Reis, Coordenadora Regional de Educação de Ariquemes e Vale do Jamari em nome do Governo do Estado de Rondônia e Coordenadoria Regional de Educação falou a respeito da importância do evento e agradeceu a equipe pedagógica da CRE e a parceria com as Faculdades Associadas de Ariquemes-FAAr.
Para maior enriquecimento cultural e artístico contou-se com a participação do Coral da “Escola Estadual Francisco Alves Mendes Filho” com as músicas: “Ficoassim sem você” de Claudinho e Buchecha e outra em homenagem às mães,sob a regência do Profº Gesiel Gonçalves dos Reis (foto 10 e 11). Logo após, foi convidado o aluno Mayco Bruno do Carmo Strelow dos Santos, que contribuiu com muito brilho e vivacidade, a partir da Paródia- Que pais é este? (Foto 05). Houve também a apresentação das alunas da Escola Estadual Ricardo Cantanhede: Natalia, Laura, Pâmela, Maria e Gabriela que apresentaram uma experiência, com conhecimentos que foram socializados com todos os presentes. (Foto 12)
Em continuidade aos trabalhos, a Psicóloga e professora da FAAR, Daniela Oliveira Graeff foi convidada para coordenar e conduzir o encontro enfatizando a relevância do tema “Protagonismo Juvenil”, assim como as contribuições dos jovens no meio em que estão inseridos.
Nesta perspectiva, a FAAr desempenha mais uma vez uma de suas grandes funções institucionais, a de “contribuir com a qualidade de vida e o bem-estar da sociedade”, ao promover parcerias para estudos, debates e troca de experiências tão significativas à grande região de Ariquemes.
Ao concluir o encontro a Coordenadora Pedagógica da CRE, Jaisa Machado agradeceu a parceria da FAAr, bem como, todas as pessoas e Escolas Estaduais que se fizeram presentes: Escolas Jardim das Pedras; Albina Mació Sordi; Heitor Villa Lobos; Cora Coralina; Carmem Ione; Ricardo Cantanhede; CEEJAAR; Francisco Alves Mendes; Anísio Teixeira; Migrantes; Frei Henrique de Coimbra; Antônio Francisco Lisboa.
 Os resultados foram surpreendentes, a partir das fotos nº 1 e 2, pode-se perceber a satisfação dos alunos, o envolvimento da equipe gestora é evidenciado nas fotos  3 e 4.

À medida que se relata as atividades realizadas neste evento, entende-se que, a música pode estar relacionada aos processos democráticos, e se insere na construção de conhecimentos inclusos nas ações que contribuem com o protagonismo juvenil, porque  música  é  emoção,  prazer,  alegria  e encantamento, por isso o desenvolvimento educativo queira, ou não, se interliga aos procedimentos e artes musicais que pairam no contexto social.


 

Ao encerrar este relato de experiência, nós colaboradores da FAAr, podemos dizer que existem ocasiões que são especiais, mas há outras que são imprescindíveis, pois o processo  educativo consta da inter-relação teórica/prática e essencialmente dos momentos de convivência.

___________
¹FEZA, Elenice Cristina Rocha & ²CAMPOS P. Maria Helena. Protagonismo Juvenil: FAAr e SEDUC no encontro estudantil da rede estadual de ensino. Ariquemes, Rondônia: IESUR – Vice-Diretora e Diretora Acadêmica, maio, 2014.
Referências
COSTA, Antonio C. G.da. Mais que uma lei. São Paulo: Instituto Ayrton Senna, 1997.
COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Protagonismo juvenil: adolescência, educação e participação democrática. Salvador: Fundação Odebrecht, 2000.
DELORS,Jacques (org.). Educação um tesouro a descobrir – Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. Editora Cortez, edição, 1992/2012. 





REFLEXÕES FILOSÓFICAS PARA ADOLESCENTES

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS – FUPAC/UNIPAC
Curso de Pedagogia – Disciplina: Filosofia p/crianças e adolescentes/2014/1
Prof. Maria Helena Campos Pereira
Objetivo: Refletir sobre a linguística, a importância da subjetividade x transdisciplinaridade, bem como, a estética na construção textual e sua inferência na postura e vivência Ética.

ALMAS PERFUMADAS

        
    Carlos Drummond de Andrade

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda. De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente
no balanço de uma rede que dança gostoso
numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente
comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete.
Melando os dedos com algodão doce
da cor mais doce que tem pra escolher.
O tempo é outro.
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade,
mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe
que os anjos existem e que alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente se sente
chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo
com o gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas, pode ser abril,
mas parece manhã de Natal
do tempo em que a gente acordava e encontrava
o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas
que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos
acender na Terra.
Ao lado delas, a gente não acha
que o amor é possível, a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente visitando
um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos.
Abraçando um filhote de urso panda.
Tocando com os olhos, os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia
do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe
que a sensualidade é um perfume
que vem de dentro e que a atração
que realmente nos move não passa só pelo corpo.
Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra
que no instante em que rimos Deus está conosco,
juntinho ao nosso lado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Tem gente como você que nem percebe
como tem a alma Perfumada!
E que esse perfume é dom de Deus.
                 Interpretação filosófica
1   
      De acordo Carlos Drumond de Andrade, todas as pessoas são perfumadas?
2    Como as pessoas podem se transformar em almas perfumadas?
3       Por que existem pessoas que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda. De flor quando ri?
4       O que sentimos ao balançar em uma rede? E o autor o que sente?
5       Quais são as suas reações ao comer pipoca na praça? E a do autor?
6       Você já lambuzou o queixo de sorvete? O que o texto exprime a esse respeito?
7       Qual é a cor de se melar os dedos com algodão doce na perspectiva de Drummond?
8       O que o autor pode estar expressando com a frase “a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver”?
9       Você já experimentou o banho de mar quando a água é quente e o céu é azul?
  Considera que os anjos existem e que alguns são invisíveis? Por quê?
1    Qual a sensação de se chegar em casa e trocar o salto pelo chinelo?
1     Será que  realmente existem pessoas com cheiro das estrelas, por quê?
  Como podemos saborear o cheiro das estrelas do céu e na Terra?

Concepções teóricas

O texto remete ao contexto da linguística no que se refere à personificação e metáfora,  assim como, a afetividade que pode ser fundada nas concepções de Henri Wallon e também nas posturas de Fernando Pessoa que em sua literatura fortalece o afeto  com o seu jeito carinhoso de escrever. Pode-se perceber em ‘almas perfumadas’ as marcas singulares de um indivíduo que valoriza as pequenas e ou grandes ações do sujeito que realmente pode ser considerado racional.
E nesta marca singular, a formação do indivíduo relaciona-se  à construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva.1
Neste contexto, a subjetividade pode ser considareda como o mundo interno de todo e qualquer ser humano. Este mundo interno é composto por emoções, sentimentos e pensamentos. Assim, diferenças nos modos de subjetivação e constituição das subjetividades relacionam-se com a dimensão ética na medida em que esta sistematiza e justifica racionalmente um determinado código ou padrão de conduta, um determinado quadro de normas e valores e uma determinada postura a ser ensinada e exigida pelos sujeitos. As éticas, portanto, são como dispositivos ‘ensinantes’ de subjetivação: elas efetivamente sujeitam os indivíduos, ensinando, orientando, modelando e exigindo a conversão dos homens em sujeitos morais historicamente determinados.2
Nos processos de constituição da subjetividade deve-se levar em conta quatro dimensões:
1. A intersubjetividade transubjetiva, que emerge das propostas filosóficas e valorizam as modalidades pré subjetivas de existência. É a experiência de um solo de acolhimento e sustentação, em que a alteridade surge como constituinte das experiências subjetivas, não por oposição e confronto, mas por seu caráter de inclusão primordial.
2. Intersubjetividade traumática, neste caso, o outro não só precede o eu, como sempre o excede. O fato do outro sempre exceder o eu é por sua vez inevitavelmente traumático.
3. Intersubjetividade interpessoal, parte da experiência do reconhecimento entre indivíduos. Trata-se de uma interação concreta entre organismos já diferenciados, funcionando em um plano individual ou interindividual.
4. A intersubjetividade intrapsíquica, encontra fundamentalmente nas contribuições psicanalíticas, inclui o estudo das experiências “intersubjetivas” estabelecidas no “interior” das subjetividades.3
                Então, neste conntexto de ‘Almas Perfumadas’ pode-se entender que está fundado mais especificamente à intersubjetividade interpessoal, devido ao reconhecimento do autor com ações entre os indivíduos, assim como, a comparação e personificação dos processos individuais ou interindividuais. Verifica-se ainda a  intersubjetividade transubjetiva, com ênfase em propostas filosóficas e valorização das modalidades pré subjetivas da existência humana com a experiência do acolhimento e comparação com a sustentação e alteridade ao surgir  com vivências subjetivas, não por oposição e confronto, mas por seu caráter de inclusão, comparação temporal e sentimental, bem como, dos toques de energia e da espiritualidade.
            Portanto, vocês são almas perfumadas na minha vida, e a energia positiva irradiada são toques que podem impulsionar o meu viver.

Referências

2. FIGUEIREDO, L.C. Ética, saúde e as praticas alternativas. http://www.fen.ufg.br/revista, 03/2009
3. NAFFAH, Alfredo N. Neto. Dimensões da intersubjetividade. (organizadores) Nelson Coelho Junior, Pedro Salem, Pela Klautau;com textos de Alfredo Naffah Neto…[et al.].São Paulo: Escuta/Fapesp, 2012.

O BOM DE VIAJAR

O BOM DE VIAJAR  
O bom de viajar é …
Repensar e concentrar, fugir das velhas e corriqueiras ações. E neste contexto, refletir que a vida nasce nas estranhas, e nesta viagem intra-uterina que se entrecruza com redes tele comunicativas, surge o ser interpessoal, que já nasce viajando no ar, na terra, no mar e nas redes tecnológicas.
Ao viajar, experimenta-se a geografia social, natural, ambiental, histórica e arqueológica, com lentes empíricas capazes de reconstruir a literatura, incrementar momentos fotográficos e de poesia, mesmo em noites obscuras e de aparente solidão.
Petrolina é assim…linda! O velho “Chico” é seu astro rei. De um lado, Juazeiro, Bahia, do outro Petrolina, Pernambuco. São duas cidades, dois estados, duas culturas, e pessoas que se entrelaçam e multiplicam a diversidade, afagam o estrangeiro e o recebem com afeto e hospitalidade.
                                                                                      
 O bom de viajar é que, pode ser para trabalhar, enxergar o velho com um olhar novo, fazer novas amizades, conhecer culturas diversificadas, conquistar o mundo e se envolver com possibilidades e ideias inovadoras. É conhecer o real e o óbvio, as linhas e entrelinhas que cruzam montanhas, delineiam as nuvens e recortam as águas de além mares.
O legal de viajar é conversar com a estrada e recordar um tempo, que não volta mais: Estrada de outrora por que não tens fim, será que então não se lembras de mim, sou eu, a de antes procurando um lugar, lugar que há tempos eu vivia amar. Mas, em Petrolina eu fui estudar.
Portanto, subindo e descendo, em curvas ou na retilínea, o melhor de viajar é viajar, na realidade e na subjetividade.
                                                          Maria Helena Campos Pereira julho/2013