Este poema retrata a realidade de uma adolescente que viveu momentos inesquecíveis, em uma época que não havia estradas asfaltadas, a poesia pairava no ar e os coqueiros ao redor da mesma, que antes eram verdejantes, tinham aspectos turvos e meio que amarelados, assim como uma pessoa doente, e mesmo assim, para ela tudo era muito bonito.
A vida passa, o tempo corre os lugares mudam, a estrada foi ampliando e tornou-se mais longa, mesmo asfaltada porque posteriormente, ela não poderia viver os mesmos minutos, horas e segundos que em tempos de outrora.
A tristeza tomou conta do seu coraçao… tudo mudou em sua vida e a única maneira de voltar ao passado foi conversando com as páginas em branco de um papel chamex, ali ela marcou para sempre seus sonhos e recuerdos dos momentos de afeto intenso que passou pela sua vida.
Mas, passou como tudo passa, foi muito bom enquanto durou, e não adianta chorar o líquido entornado, as lágrimas camufladas, foi importante para hidratar os olhos e derreter o sentimento, no entanto, com o decorrer dos anos ela sentiu que parecia estar cercada de muro e as vezes até imaginou estar enlouquecendo.
Que nada, a vida continuou, e hoje ela se tornou uma pessoa consciente de seu passado e até usa a sua história para a reflexão com jovens e adolescentes, e como diz Lulu Santos “nada do foi será … de novo do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará… a vida vem em ondas como o mar… no indo e vindo infinito”.
O importante é viver com intensidade os momentos, ocasiões, as linhas, entrelinhas, as curvas, saliências e as crateras das estradas da vida.