Maria Helena Campos Pereira
Estrada de outrora, por que não tens fim?
Será que então não se lembras de mim?
Sou eu, a de antes, procurando um lugar
Lugar que à tempos eu vivia a amar.
Eras linda outrora e não tinhas poeira
pequena também tu eras,
como o fruto da amoreira.
Onde estão seus coqueiros alegres
Que balaçavam suas folhas sorrindo?
Os de hoje parecem ter febre
E estão parecendo dormindo…
Aquela pessoa, onde encontro, onde está?
Em você eu procuro, mas não consigo rever
Está cercada de muro ou eu a enloquecer?
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Esta é uma analogia subjetiva das estradas por onde a autora passou,
antes e depois de momentos alegres e difíceis de sua vida,
época em que nem havia asfaltamento.