Arquivo do autor:Maria Helena Campos Pereira

Sobre Maria Helena Campos Pereira

Graduada em Pedagogia com registro em Matérias Pedagógicas: Psicologia Educacional, História da Educação e Didática. Pós graduada em em Planejamento Educacional, Supervisão e Inspeção Escolar. Mestre em Ciências da Educação e Doutoranda em Educação. Ministra palestras e cursos sobre Gestão Escolar, Filosofia para crianças, jovens e adolescentes com foco nas vivências interdisciplinares.

 Sem título

VOCÊ É MAR, EU SOU TERRA¹

Você é a brisa que vem do mar

Eu sou o sopro que fez você andar

Na terra ardente que acosta o oceano

És um vento forte, mas nem diz te amo

 

Eu sou a folha que murchou com o sol

Que abrasa a terra, mas que é sem igual.

Sou abrasadora, desafiadora, porém alto-astral.

A areia fina que sempre se afina no essencial

 

Você é imenso e grandioso

Com a rebeldia de um maremoto.

Eu sei lá, sou fina flor a se rebelar,

Que sempre sonhou com um lindo a-mar

 

A flor da terra que não soube ousar

Se enfeitava toda, mas sabia cantar

Percebia de longe o vulto sombrio no ar

Um recife altivo, longe de se alcançar.

 

A vida é mesmo assim, um é mar outro é terra.

Quando se encontram podem equilibrar

E nos desencontros, água voa no ar.

A neblina é fina, às vezes lágrimas de mar.
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¹ CAMPOS Pereira, Maria Helena. Você é mar, eu sou terra. Ariquemes, 27 de março de 2015.

UMA BELA IZABELLA

UMA BELA IZABELLA¹

Intuitiva e bastante emotiva, com a psicologia à flor da pele.

Zelosa com os pais, irmãos, avós, tios, primos, sobrinhos, familiares, amigos e clientes.

Atenciosa, ativa e altiva dizem muito de você, um grande coração!

Bella é um pseudônimo muito adequado, fale quem quiser falar o contrário. Defeitos, quem não tem? Entre falhas e distorções, pesa o que maior sobressai!

Eras apenas uma bebezinha não faz muito tempo, para a mãe ainda é uma grande bebê, e entre muitas Izabellas, tu és a mais linda mulher!

Ligeira em tudo que faz, decidida e compenetrada, não tanto teórica, mas o necessário suficiente para a sua prática profissional.

Lágrimas é muitas vezes comum, na emoção, tristeza e em momentos de bom humor, mas não faz mal, elas derretem o sentimento. Legal, as amigas dizem assim, ouvidora e conselheira.

Autoestima e audácia, sinônimo de seu trabalho, da menina ingênua e irreverente, parecia não ter persistência com nada, ela se tornou uma grande e reconhecida profissional. “Consagrada a Deus” este é o significado maior de todas as Isabelas da face da terra.                                          Você é uma delas, acredite!

¹CAMPOS PEREIRA, Maria Helena. Uma bela Izabella. Homenagem à sua filha e a todas as Izabellas que se considerem a mais bonita mulher, quer na subjetividade ou nas ações praticadas, o importante é ser feliz, independente das pujanças e dos olheiros do nada. Ariquemes, Rondônia, 14 de março de 2015.

CHUVAS DE PRIMAVERA

CHUVAS DE PRIMAVERA

Maria Helena Campos Pereira

Não sei o que foi não sei o que é
Hoje a tristeza me invade um tripé,
As mãos trêmulas, cansadas e encarquilhadas,
Parecem trabalhar amarguradas,
Mas, nem se compara com os pés.

A vida passa, o tempo corre e vem aflição,
O clima é bom! Suave o vento e o pensamento,
Não sei o que tenho, nem de onde venho,
Pode ser chuva de inverno, de primavera ou verão.
E toda a angústia de hoje invade meu coração.

Quisera falar da beleza, da gota fina que cai,
Da relva alegre a balançar,
Dos galhos enormes a abanar
Parece dizer que prazer, H²O é meu viver!
Tudo lindo, até a enxurrada a correr.

É maravilhoso ouvir o tic tac
Na telha bate e no chão a jorrar
Pássaros voam nas árvores se escondem
As andorinhas no céu a cantar
E borboletas se escondem
E o beijador beija a flor.

O lamaçal, as poças d’água e a chuva fina a gotejar.
O céu acinzentado estremece a terra com seu furor,
E os trovões sem perceber ensurdecem multidões,
Mas, tudo é lindo, obra do Criador,
Chuvas de primavera, aqui e um amor!

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CAMPOS P, Maria Helena. Chuvas de Primavera. Ariquemes, Rondônia, 2015.

A visão ao viajar

Maria Helena Campos Pereira

Verdes mares, mares verdes
que contrasta o azul do céu
Nesta terra tem tuiuiú
E soja brilha como mel

São imensos campos verdes
Que parecem não ter fim
Um pantanal mui formoso
E a Siriema no Mato Grosso

Terra do Tatu, da garça e do tuiu
A onça vive na mata
E esconde do predador

Você que vive pra cá
Não roda pras banda de lá
Não vê que o Brasil é um painel
De bênçãos e chuvas de mel

Carro vai e carro vem
Tal formiga a carregar
Roda aqui, roda acolá
Com nosso fino maná.
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Escrito em 12 de junho de 2014 ao viajar para o estado de Rondônia, cortar Minas Gerais, Goiás e  Mato Grosso.

Bem Querer

Maria Helena Campos Pereira

A mesma estrada de antes, que hoje estou a passar,
Revela espírito divino, e azul celeste no ar,
E novas matas que vão junto ao caminhar,
O vento lento a soprar e a verde relva abanar.

O algodão doce no céu, com várias formas se vê,
Parece impor seu retrato ao sopro do criador.
Não canso de observar, flocos no céu a bailar,
Cãozinhos e carneirinhos, que cobrem um céu azul mar.

O caminho continua malmequer, bem-me-quer.
Em Oliveiras, o ponto certo, tapete negro a passear,
É arte do grande autor, carpete estético e natural
Colore de ouro e lilás, a minha visão ao olhar.

Carro vai, carro vem, num indo e vindo muito além,
Ao cair da tarde, um amplo esplendor,
O grande rei, entre as montanhas se esconde,
Prova de que nada se iguala à obra do Criador

Algo parece dizer não vá, mas é mistério divino,
Brilho enigmático e exuberante, aos céus responde.
Artifício do Onipotente, quem sou eu pra te deter?
Energia inexplicável bem me quer e bem querer.

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¹ CAMPOS, P. Maria Helena. Bem querer. Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil: Universidade Presidente Antônio Carlos- UNIPAC/GV, 03/01/2015. Professora de Filosofia para crianças e adolescentes e Gestão de processos educativos.  O poema reflete a bem querência, dos povos em todas as nações.

AS GOTAS D’ÁGUA QUE JOGASTE

Vivemos uma época singular, com vertiginosa aceleração do cambio científico-tecnológico.
Globalização, nova sociedade do conhecimento, nova forma de organização social
Geração, processamento e transmissão da informação, como forma de produtividade e poder.
Mente humana com força produtiva direta. Crise estrutural.
Necessidade e exigência social de transformação: da ameça em esperança, da tribulação
em sereno crescimento, da marginalização em participação ativa e transformadora, do simples
crescimento econômico, como prometedor de desenvolvimento integral, da pobreza torturante
em alentadora prosperidade.
Mas, a educação é o caminho para a plenitude humana.
E você professor:

Es implacável em suas ações educativas!
Das profissões existentes pode-se dizer a mais digna porque
Uma depende da outra e você EDUCADOR é a base de todas, e as
Ciências humanas é o elo que interliga as demais, VOCÊ é o alicerce,
Anel de interação, ainda que não esteja dimensionado, seu valor é infinito!
Descortina a leitura, a lógica, a subjetividade e demais quesitos da aprendizagem,
O seu conhecimento é um capital equivalente, a bens e serviços do mais alto nível,
Reflexões, diálogos e plano cooperativo são imprescindíveis em sua arte de ensinar, e a
Educação interdisciplinar é pilar fundamental nas ações democráticas e éticas.
Seus projetos podem ser inovadores, com afeto, criatividade e transformação social.

Portanto, EDUCADOR, faze de tua escola um jardim florido,
onde todas as flores possam exalar perfume,
em consequência das gotas d’água que tu jogaste.

Homenagem da equipe pedagógica/ FAAr

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CAMPOS, P. Maria Helena. As gotas d’água que tu jogaste. Ariquemes, Rondônia: Faculdades Associadas de Ariquemes – FAAr, 2014

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