Arquivo do autor:Maria Helena Campos Pereira

Sobre Maria Helena Campos Pereira

Graduada em Pedagogia com registro em Matérias Pedagógicas: Psicologia Educacional, História da Educação e Didática. Pós graduada em em Planejamento Educacional, Supervisão e Inspeção Escolar. Mestre em Ciências da Educação e Doutoranda em Educação. Ministra palestras e cursos sobre Gestão Escolar, Filosofia para crianças, jovens e adolescentes com foco nas vivências interdisciplinares.

Ética: A menina cor-de-rosa

A menina cor-de-rosa¹

Era uma vez uma menina cor-de-rosa

Que tinha a qualidade de ser muito amorosa

Sonhava com uma companhia que fosse zelosa

E que tivesse uma alma caridosa.

–x–

Em um mundo sem esperança

Procurava alguém com  cumplicidade

Que lhe transmitisse confiança

Para viver a plena positividade

–x–

E junto dessa amizade

Espalhar pelo mundo, gentileza e humildade,

Doçura, determinação e espontaneidade

Pra levar à humanidade, uma mensagem

De paz, harmonia, amor e igualdade.

_________

¹PEREIRA, Gleiberson Dias Martins(org). A menina cor-de-rosa. Governador Valadares: UNIPACGV, 2016. Gleiberson Dias Martins Pereira, Jéssica Priscila E. Oliveira, Juliana Olívia Vasconcelos, Lívia Barros & Késia Goularth da Costa. Produção coletiva sob a coordenação da Prof. Maria Helena Campos Pereira em aula de “Ética e prática educativa” com fundamentos de Cecília Meireles.

Ética: O Menino Roxo

O Menino Roxo¹

O Menino Roxo queria um burrinho

Que lhe tratasse com muito amor e carinho.

Mesmo que andasse com meiguice na face,

Não importaria, desde que fosse o burrinho que  tivesse alegria.

–x–

Um burrinho tolerante, com um coração gigante,

De olhos delicados e memória de elefante.

Pois assim, se lembraria dos momentos de alegria,

Com bondade, carinho e generosidade.

–x–

Um burrinho justo e leal

Que saiba ser  social.

Mesmo que não use palavras,

O seu olhar irá dizer, pois com sinceridade

E tolerância poderemos convier.

–x–

O Menino queria um burrinho

Que pudesse compartilhar,

As belezas do mundo de lá,

Um mundo só meu, só nosso,

De quem quiser imaginar,

Desde que esteja disposto,

A sua vida transformar.

_________

¹ SOUZA, Angela Maria de (org). O Menino Roxo. Governador Valadares: UNIPACGV, 2016. Angela Maria de Souza, Claudia Pereira Souza Reis, Juscelene Damesceno Gonçalves,  Rosimar de Souza Freitas & Eliene Nunes Silva. Produção coletiva em aula de “Ética e Prática Educativa”, sob coordenação da prof. Mª Helena Campos Pereira, com fundamentos de Cecília Meireles.

Ética: Coisas do Coração

Coisas do Coração¹

Se eu fosse fazer um poema

No compasso em que meu coração bate

Sairia logo escrevendo

Tudo que falo é verdade.

—x—

Mas seguindo meu coração de fato

Resolvi escrever com muito carinho

Palavras lindas e emocionantes

Ao meu verdadeiro amigo.

—x—

Você é educado, manso e agradável

Minha vida ao teu lado faz mais sentido

Rumo ao Norte, Sul, Leste ou Oeste

Estarei sempre contigo.

—x—

¹ MACHADO, Daniele Christine Oliveira. Coisas do Coração. Governador Valadares: UNIPACGV, 2016. Elaborado em sala de aula, após a reflexão do poema “O Menino Azul” de Cecília Meireles. Coordenação de Mª Helena Campos Pereira, professora de “Ética e prática educativa”.


Ética: A menina que colhia valores

A menina  que colhia valores¹

A menina  companheira

Agradável que passava  confiança

A todos por onde  andava.

Educação, simpatia

É o que não faltava

Nesta linda  menina

Com sua  alegria  colhia grande  valores

Solidariedade, generosidade e ousadia.

Amorosa e extrovertida

Todos aprendiam com a bela menina

Persistente, respeitável, paciente são

Valores que a menina colhia

Essa menina tão amável, agradável

Que vivia a sonhar

Sonhava com um mundo melhor

Que o amar não iria faltar.

Vivia a sonhar com pessoas melhores

Que soubesse respeitar

E que neste mundo de sonhos

As pessoas soubessem amar.

 

______________________

¹ RAMOS, Biangi (org). A menina que colhia valores. Kenia Delpreste, Dalgisa Alves, Suestinaly, Thais Ferreira de Andrade. Governador Valadares: Faculdade Presidente Antonio Carlos, UNIPAC/GV, 6° período de Pedagogia sob a orientação da professora de “Ética e prática educativa” Maria Helena Campos Pereira, 2016/1.

 

 

Ética: O Menino Encantado

        O Menino Encantado

Era um menino educado, agradável e tão amável.

Esse menino encantava todos por onde passava

Por ser um garoto admirável.

 

Compreensivo, respeitável e companheiro

Eram alguns valores que este menino possuía.

Encantado pela vida, pela natureza.

Vivia em uma casa onde não cabia tristeza.

 

Alegre, paciente, persistente era como ele vivia.

Esse menino encantador,

Tratava todos com carinho e harmonia.

Esperança era o que esse menino transmitia.

 

Em um mundo colorido ele sorria,

Levando a todos a sua alegria.

Toda a amargura, deixada de lado,

Pois ela não servia para a doçura do seu mundo encantado.

 

[1] SOUTO, Luciana Loise Dias.  O Menino Encantado. Governador Valadares: Faculdade Presidente Antonio Carlos, UNIPAC/GV, 6° período de Pedagogia sob a orientação da professora de Ética e prática educativa, Maria Helena Campos Pereira, 2016/1.

 

PROPOSTA DE PROGRAMAS EDUCACIONAIS GLOBALIZANTES, UMA POLÍTICA DO MERCOSUL.

                                                                  

PROPOSTA DE PROGRAMAS EDUCACIONAIS GLOBALIZANTES, UMA POLÍTICA DO MERCOSUL

                                               Maria Helena Campos Pereira  – maria-helenacampos@hotmail.com

RESUMO

O tema gestão pedagógica na perspectiva contemporânea, tem como problema a seguinte questão, como contribuir com a gestão pedagógica a partir de teorias contemporâneas? Por isso, elaborou-se o seguinte objetivo, refletir a respeito da gestão pedagógica com apresentação de propostas e visão de inovação para possíveis melhorias em processos educativos contemporâneos. Neste contexto, a proposta foi estruturada nas concepções teóricas de Sousa e Fino (2005), quanto a inovação pedagógica e a teoria social com abordagem etnográfica na educação. Freire (1976), com a ideia de que ensinar exige autonomia, criticidade, ética, estética, criatividade; Morin (2002), com a concepção humanística e interdisciplinar na complexidade do sujeito; E ainda aos dilemas da pedagogia crítica social de José Carlos Libaneo. Para isso, utilizou-se estratégias metodológicas de analogias e revisão bibliográfica de teorias educativas contemporâneas com os seus precursores, a partir das apresentações da professora Profª Dra Lhiana Mª. Catunda Bonfim no seminário de doutoramento em ciências da educação na Uniaméricas de Fortaleza. E ainda, a síntese de práticas educativas e experiência investigativa da autora com mais de 20 anos de docência em ensino superior no Estado de Minas Gerais, Brasil.

Palavras chave: Gestão pedagógica, perspectiva contemporânea, visão de inovação, relações Interdisciplinares.

 INTRODUÇÃO

A questão da cultura como libertação humana, o papel social da educação, seu caráter e posturas técnicas, políticas e humanas, o contexto da subjetividade e a organização do trabalho dos gestores em uma perspectiva contemporânea e ética, bem como as relações interdisciplinares, a visão de inovação no contexto educativo e ainda os dilemas da pedagogia crítica social de José Carlos Libâneo contidas em seu livro “As Teorias Modernas Revisitadas pelo Debate Contemporâneo na Educação” são alguns pontos tratados neste texto. Apresenta algumas contribuições de sua experiência enquanto gestora durante anos, bem como, as concepções de Freire (1996) e Morin (2002), de modo a articulá-las com as teorias contemporâneas e os desafios da sociedade atual, marcada pela crise de valores.  Todavia, tem como problema a seguinte questão, como contribuir com a gestão pedagógica a partir de teorias contemporâneas?

As transformações da educação nas últimas décadas foram profundas, apesar de terem sido dominadas pela política do custo-benefício, a crise da universalização, a supremacia universitária, as contradições entre as funções tradicionais de gestores e profissionais da educação, que de um lado, pregava-se a produção do conhecimento de qualidade, e os agentes da economia a procura da organização do ambiente com base nos pilares da qualidade, tais como, custo, atendimento, organização, dentre outros. De outro lado, a importância da diversidade cultural, do pensamento crítico e questionador, a necessária formação de conhecimentos exemplares, científicos e humanísticos, bem como o sujeito integral.

No entanto, a incapacidade de gestores nas diversas esferas educativas, para desempenhar satisfatoriamente suas funções, e muitas vezes contraditórias, levara a máquina do poder e os agentes da economia a procurar fora do contexto educativo, meios e propostas alternativas que resolvessem a problemática do processo de ensino para atingir os propósitos de uma educação em que seu trabalho pudesse refletir no meio social, como foi o caso do financiamento pelo BIRD na esfera educativa e estatal mineira de projetos inovadores que pudessem melhorar educação nas escolas em situação de risco.

Dessa forma, a complexidade organizacional superior deixara a instituição educativa em crise, pelo fato de não postular ações consensuais face às contradições de ensino, tais como métodos, processos, concepções teóricas, materiais didáticos, e também a hierarquização dos saberes especializados, dos quais as competências eram restritas a especialistas credenciados de cada área específica. Por outro lado, existia a luta pela democratização do saber em governos totalmente autocratas, hierarquizados e radicais em seus propósitos de liderança centrada. E, ainda, em outra dimensão as exigências com uma comunidade educativa elitista, mas que os familiares reivindicavam a igualdade de oportunidades para seus filhos de classes populares. Com tudo isso, a crise das organizações educativas resultava em contradições no âmbito gestor, e na reivindicação da autonomia pedagógica e definição de saberes necessário a essa prática, bem como, a definição e resgate de valores, como também, a missão e visão das instituições educativas, com base inclusive em modelos empresariais de outros países, como Japão e Estados Unidos. Dessa forma, houve uma pressão crescente para submeter às organizações educativas em modelos empresariais a critérios de eficácia e de produtividade em prol da responsabilidade social.

Neste contexto, a nossa contribuição para a área da educação é resgatar o humano numa época em que se configura o avanço da formação tecnológica e a rede de comunicação se amplia, mas a família, a base da sociedade, se desestrutura a cada dia, e os gestores escolares tornam-se incapazes de gerenciar seus processos educativos em termos de formação ético-cultural, das diversas possibilidades de humanização da humanidade e inteligências do ser humano. É difícil falar de inovação se os problemas sociais continuam se expandindo e a questão pedagógica não tem sido satisfatória para processar contínua melhoria nos processos sociais.

Neste ponto de vista, a produção textual tem como objetivo refletir a respeito da gestão pedagógica com apresentação de propostas e visão de inovação para possíveis melhorias em processos educativos contemporâneos.

 Visão de inovação e ética

 A visão de inovação pedagógica, neste contexto de avanço das tecnologias, requer do gestor e de sua equipe, a incorporação de perspectivas éticas, o reconhecimento da necessidade de mudança, assim como, o convencimento e avaliação dos projetos de inovação durante os processos de execução e decisórios. Ele deve decidir e aceitar junto com o grupo a inovação, que gerou as transformações advindas das ações do projeto inovador e comunicar as decisões sucedidas a todas as unidades da organização, como também, agir de forma a traduzir a decisão em fatos reais, e ainda, formalizar as decisões com posturas éticas e convincentes para a sua realização. Nesta linha de pensamento organizacional, busca-se em Libâneo (p.52), quando se menciona ao terceiro dilema referente as formas de organização institucional no que tange aos objetivos de ensino e a organização curricular. Ele argumenta que a moral universal no discurso da escola tem sido discutida como a não possibilidade de existir, por depender de contextos particulares da vida dos alunos e da comunidade. Mas, considera que pode ser um elemento de contestação de certos efeitos do contexto social e do funcionamento institucional que agem na lógica da discriminação e da desigualdade. (Libâneo e Bonfim, 2014, (apud Forquim, 1993). Assim, é difícil falar de inovação se ainda existem gestores que fazem vista grossa aos processos desiguais e discriminatórios, e ainda mais, os discursos da ética como tema transversal foi inserido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs desde 1997.

           E para incrementar as reflexões sobre ética retomamos a Libâneo (p.51), quando se refere ao universalismo e ao relativismo em seu primeiro dilema. Ele afirma que a ética deve estar presente especialmente nos objetivos da educação escolar e ainda na existência do pluralismo das culturas, das diferenças e dos valores universais. São adequadas também, as observações de Freire(1996), ao criticar o ensino e considerar que ensinar exige ética e estética. Vale lembrar o filósofo da complexidade, Morin(2002), já na contemporaneidade, ao escrever os sete saberes necessários à educação do futuro, em suas ideias conclusivas expressa no sétimo saber que a ética do gênero humano, significa a trilogia de ser indivíduo da espécie humana e fazer parte da sociedade universal em prol da humanização da humanidade.

Neste foco, defende-se também as teorias e psicologias humanistas como a de Carl Roger ao considerar que “os educadores precisam compreender que ajudar as pessoas é muito mais importante do que ajudá-las a tornarem-se matemáticos, poliglotas ou coisa que o valha”.

Então, é necessário rever valores e posturas no processo da gestão educativa, pois a concepção conteudista pode ter grande valia cognitiva, no entanto, a formação para a vida toda depende fundamentalmente, da integração das concepções, em que o professor se insere no contexto de facilitador e coordenador da aprendizagem e o aluno como principal objetivo da educação. Por isso, a empatia, a autenticidade e a aceitação incondicional do outro são pré-requisitos aos educadores-formadores de fato. (Ibidem)

Neste contexto teórico contrapondo-se à conjuntura social de violência exacerbada, a inteligência humana deve estar além das perspectivas contemporâneas e terrestres, o modo de ser de cada gestor/educador implica na visão mundial globalizadora. Ser ético é primordialmente respeitar o outro, porque o respeito envolve uma série de outros valores que fazem parte da cultura de muitos seres humanos. E toda cultura é constituída por traços materiais, mentais e comportamentais. Assim, os materiais representam todas as coisas construídas pelo homem, os mentais estão relacionados às ideias, crenças e valores, e os comportamentais referem-se aos hábitos sociais de um povo, tais como, abraço, beijo, afago, aperto de mão, aceno e outros.

Gestão pedagógica e valores éticos.

Deste modo, a sociedade é formada por padrões culturais de comportamentos construídos por ela, e a qualidade dos traços culturais que ajudam a socializar e formar a personalidade da pessoa é impossível de se calcular. No entanto, existem algumas distorções que invadem o mundo sócio político em nome da ética, por exemplo, a ética da conveniência, a qual defende as práticas inescrupulosas em nome do grupo ao qual pertence. Neste caso, sugere-se que antes de se defender qualquer assunto que se diz ético propõe-se que reflitam e reflexionem a respeito de, qual é a minha postura quanto ao lugar da ética nas relações entre as pessoas, e indaguem como se apresenta, nos diversos ambientes sociais. Isto se tornou preocupante devido à dimensão e inversão de papéis no cotidiano das pessoas. E tem sido recorrente as cínicas justificativas amparadas no discurso que se diz politicamente correto, ecologicamente sustentável, economicamente viável para as irregularidades, que são assistidas muitas vezes no cotidiano da mídia.

No entanto, de acordo com os conceitos clássicos, o termo ética provém do grego ethos, que significa caráter, modo de ser de uma pessoa.  Pode-se dizer que é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. Ela é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. E do ponto de vista da Filosofia, a ética é uma ciência que estuda os valores morais de uma sociedade e seus grupos, mas não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei tenha como base os princípios éticos. (Chaui, 2005 & Morin, 2002)

Entende-se que na complexidade de uma organização, a interdependência dos processos, da gestão físico-estrutural, dos sistemas e das pessoas contribuem para a melhoria das estratégias e propósitos de seus líderes e liderados, no entanto, os líderes devem estar atentos a todo o momento diante do complexo organizacional. E ao retomar Freire (1996), ensinar exige a consciência do ciclo gnosiológico: ensinar, aprender e pesquisar. Portanto, há de se convir que este ciclo seja imprescindível em qualquer gestão, principalmente na educacional, inclusive pode-se dizer que é uma inovação pedagógica no campo da pesquisa, porque apesar de Freire ter insistido nesta concepção desde os anos 90, a realidade não é verdadeira, e os gestores necessitam apropriar-se deste conhecimento, uma vez que ele afirma não haver docência sem discência.

Com base em seus postulados pode-se dizer também, que não há formação ética sem uma gestão democrática que convide os seus liderados a participarem dos processos coletivos, sem posturas totalitárias, pois o convite é caloroso, ao contrário da convocação que instiga a um pensamento vertical e críticas ao processo consensual. Assim, ainda com as concepções freireanas, ‘ensinar é uma especificidade humana’, por isso, o querer bem aos educandos e funcionários, a disponibilidade ao diálogo, o comprometimento e a compreensão de que a educação é uma forma de intervenção no mundo são teorias até repetitivas no meio educativo. No entanto, para intervir no mundo, é necessária a inovação pedagógica, que na concepção de Fino (2005), é “ver para além do imediato”.

Gestão contemporânea e as relações Interdisciplinares.

 Entende-se que a educação nos vales brasileiros necessita desta inovação pedagógica imediata para olhar além das quatro paredes alfabéticas, com vistas ao contexto social em que se vive, com olhares também ao contexto sócio planetário. E reafirmando estes fundamentos, Morin (2002) considera que nestes tempos contemporâneos faz-se necessário e urgente, uma educação interdisciplinar e humanizadora, onde o ser humano sobrepõe o irracional, como tem acontecido na sociedade atual.

Então, propõe-se que se organizem o trabalho pedagógico inovador numa perspectiva ética, inter e multidisciplinar. É conveniente para acontecer isto, que as ações sejam realmente democrática, dialógicas, eficazes e os líderes possuam competência humana para buscar continuamente, a socialização dos envolvidos com entrosamento, incentivação e possam estar motivados ao trabalho, procurem a sua autoestima, e os gestores sejam íntegros, com aperfeiçoamento de seus valores, praticando-os de modo consciente em seu dia a dia, necessitam  cultivar, semear e corporificar[1].

Acredita-se e propõe que todos incorporem e demonstrem: a flexibilidade, disponibilidade, altruísmo, abertura, empatia, admiração, alegria, amor, auto respeito e clareza, que tenha uma comunicação eficiente, concentração, confiança, coragem, seja inovador em todos os propósitos, tenha visão holística, cuidado e zelo pelos trabalhos administrativos e pedagógicos, seja pesquisador e atuante, que prime pela cooperação e planos cooperativos interdisciplinares.

Há de se concordar que sejam impossíveis as vivências interdisciplinares, sem cortesia, sem saber ser ouvinte, ter criatividade, flexibilidade, desapego aos conteúdos e disciplinas, ao invés de se sentir donos como especialista da área. Propõe-se que seja ativo, reconheça os seus erros, tenha precisão e pontualidade, que haja tolerância, e esta última inclusive está prevista no artigo 3º da Lei 9394/96 LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, por ser um dos valores fundamentais ao processo educativo e para o desenvolvimento de pessoas um pouco mais equilibradas. Há de convir que nesta concepção, o gestor que se preocupa com a inovação pedagógica, deve ser humilde, porém com autoridade, ter coesão e coerência em suas ações, ter poder com convicção de propósitos e visão de futuro. Além desses, o importantíssimo é saber perdoar, ser verdadeiro, sábio, sereno, simpático e positivista, como também, ter força e coragem para visualizar ‘além do imediato’.[2]

Associado a estes valores éticos que na visão da autora é um processo de inovação pedagógica, acrescenta-se ainda a constante busca pela paz, a qual requer leveza no ambiente das organizações e implica em serenidade, respeito mútuo, benevolência, acreditar em si e nos outros, oportunizar a liberdade para as ações metodológicas inovadoras, objetividade, ser responsável e incitar momentos de prazer, de felicidade e de humor, porque diante da evolução da humanidade, dos avanços tecnológicos e das sociedades em redes, o caminhar com propósitos de transformação e adesão a explosão dos espaços de conhecimento tornou-se uma tarefa não só de interesse e desejos, mas de necessidade. E para isso, o respeito aos outros seres humanos e a gerência do EU é de fundamental importância para que as relações intra e interpessoais sejam uma constante na vida das organizações e a harmonia ambiental faça parte de um ambiente saudável aos olhos de todos. Ser “caçador de mim[3], ser verdadeiro, usar de dinamismo e transparência em suas ações sempre que necessário, no entanto, saber guardar sigilo em diversas situações, como também, em casos de avaliação institucional, saber desculpar e ser sensível ao administrar conflitos em mementos imprescindíveis. E também, além dos aspectos cognitivos, comunicativos e sociais, é de fundamental importância a espiritualidade, pois diz um dito popular que a fé, remove montanhas e Fritjof Capra, autor da teoria contemporânea espiritualista, considera que a humanidade necessita não só dos Físicos, mas das atitudes espirituais, a nosso ver, que transcendem a objetividade.

Em uma gestão com visão de inovação pedagógica pode-se dizer que é gerenciar com qualidade o ambiente em que se vive e acreditar que o impossível pode estar próximo. Então, se ficarmos atentos, poder-se-á descobrir que o possível é transcendente e amplo, e muitas vezes ele deve ser inventado e ou inovado, por isso, a organização do trabalho pedagógico, bem como, seu desenvolvimento com eficiência requer idealismo e ao mesmo tempo o realismo, estar em constante aprendizagem, ter um ótimo relacionamento e empatia, ser persistente e perseverante, acreditar nas pessoas com as quais trabalha e ter humildade, procurar constantemente o resgate de valores ético-culturais, ser autoconfiante, ter espírito de doação e muita paciência, para esperar o resultado acontecer e não atropelar a equipe. Deve ter praticidade em seus planos e metodologias para evitar projetos mirabolantes sem objetivos. O gestor necessita se organizar de tal forma para que haja a interconexão dos líderes e liderados nos processos da gestão.

Ideias conclusivas

Ao retomarmos aos programas educacionais nesta perspectiva, cujo problema está contido na visão de como contribuir com a gestão pedagógica a partir de teorias contemporâneas, não se deve esquecer que as políticas para o Mercosul necessitam estar voltadas para propostas globalizantes, porém não se esquecendo do individual porque o sujeito é fator primordial para que entendam os valores que comandam a sua vida.

As leituras e  vivências interdisciplinares consistem em posturas que requerem do gestor um direcionamento com metas criativas, eficazes e ousadas. Muitas vezes os pedagogos estudam com o objetivo de atuar como professor-educador, no entanto, o leque de possibilidades  na carreira deste profissional é imensa como aconteceu com a história de vida desta autora.

Portanto, ser gestor não é por acaso, pode acontecer, eles não desabrocham do solo como a relva em tempos chuvosos, são produtos de uma temporada em movimento. E seus propósitos de inovação pedagógica se iniciam na alma, nos sonhos e nos pensamentos, perseguem a perfeição do momento, na ‘incansável busca do inatingível’[4]. As pesquisas etnográficas, a criatividade e a arte devem fazer parte constante dos assuntos, atividades e projetos de uma gestão inovadora. E, a forma em que se refere à metodologia de interligação entre uma teoria e outra são por ser difícil separar o contexto em que se inserem as coisas, objetos, até mesmo as pessoas porque ‘a vida é interdisciplinar’[5], são 75% de água a composição do corpo humano e todos os órgãos estão interligados entre si, daí a necessidade de gestores pesquisadores que utilizem as diversas formas de investigação e concepções teóricas porque o sujeito é ativo com precisões diversificadas.

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CAMPOS, P Maria Helena. Proposta de programas educacionais globalizantes, uma política do Mercosul. Trabalho  apresentado à Comissão Científica do Curso de , da Universidade das Américas – Uniaméricas, como requisito básico da disciplina de Teoria  Educativas Contemporâneas, sob a orientação da Profª Dra Lhiana Mª. Catunda Bonfim.  Educação e Inter-relações Políticas, Sociais e Culturais. Fortaleza: Doutorado em Ciências da Educação, T2 , 2014.

Referências

[1] Corporeificar, expressão de Freire (1996), ao referir-se à postura e vivência ética.

[2] Além do imediato, expressão de Carlos Nogueira Fino e Jesus Maria de Sousa, ao referir-se à inovação pedagógica. Funchal, Portugal: UMa, 2005.

[3] Caçador de mim, música de Milton Nascimento, cantor mineiro que foi preso e exilado por expressar seus sentimentos e mesmo na prisão consegue escrever esta linda canção, e diz que às vezes somos mansos, às vezes atroz, doce ou feroz, mas eu caçador de mim.

[4] CAVALHEIRO, Marco. Inatingível. Revista Outros Ares. Junho 5, 2011. http://outrosares.wordpress.com/2011/06/05/inatingivel/

[5] Grifo nosso

BERTRAND, Yves. Teorias Contemporâneas da Educação. Lisboa, Portugal: Instituto Piaget, 2001.

BONFIM, Lihana Maria Catunda. Teorias Educativas Contemporâneas: Material Didático. Fortaleza: Uniaméricas, Doutorado T2, 2014,

CAMPOS, M.H.C.P. Las relaciones interdisciplinarias en los proyectos educativos. Havana, Cuba: ISPEJV, 2002.

CHAUI, Marilena. Convite a Filosofia. São Paulo: Ática, 2005.

FINO, Carlos Nogueira. A etnografia enquanto método: um modo de entenderas culturas (escolares) locais. Funchal, Portugal: Universidade da Madeira, UMa, 2005.

FORQUIM, Jean-Claude. Escola e Cultura. Porto Alegre: Artes Médicas , 1993. (apud) Lihana Maria Catunda Bonfim. Teorias Educativas Contemporâneas. Fortaleza: Uniaméricas,  Doutorado em Educação T2, 2014.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

LIBANEO, José Carlos. As teorias pedagógicas modernas revisitadas pelo debate contemporâneo na educação. (in texto impresso, Doutorado em Educação. Teorias Educativas Contemporâneas. Prof. Lhiana Maria Catnda Bonfim. Fortaleza: Uniaméricas, 2014.

MEC. Art. 3º, Lei 9394/96. LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasil, 1996.

MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs. Brasília, DF, Brasil: SEF, 1997.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários a educação do futuro. Brasília, DF, UNESCO, 2002

RICHARDSON, Roberto Jarry,( et al). Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. São Paulo: Atlas, 1985.

SOUSA, Jesus Maria de & FINO, Carlos Nogueira. Inovação pedagógica. Funchal, Portugal: UMa, 2005.

ADOÇÃO E SOFRIMENTO DE AVÓ NÃO COISA BANAL

                   Maria Helena Campos Pereira

Muitos sofrem, poucos falam, mas sofrer não é banal.
Ser mãe, ser nora, ser cunhada, ser irmã e ser avó é muito difícil!
Família é muito bom quando estão juntos, mas sem muitos comentários.
Tudo que se fala é motivo de confusão, engolir sapo é a melhor solução.
Mas, pensando bem, nem Jesus Cristo conseguiu agradar a todos,
Ele sofreu e morreu pelos nossos pecados e até perdoou os condenados que lhe acusavam.
Ser mãe não é diferente, tudo apoia e faz das tripas o coração pra não ofender ninguém.
A mãe aguenta tudo para não magoar os filhos, mas tem hora que é impossível calar.
A sogra já é por natureza e por senso comum, uma pessoa indesejável.
Quisera ser diferente, mas o mundo nos rotula assim.
É um paradigma antigo que infelizmente, não tem como mudar, o mundo todo vai nos crucificar.
Não sei o que fazer, as pessoas mais queridas afastam da gente sem mesmo saber o porquê.
Quando há um desabafo qualquer, não faltam línguas pra intrigar, por isso é dificílimo calar.
Dizem ser disse me disse de estranhos próximos, que não são sangue, mas é do grupo familiar.
No ditado antigo, uma coisa se explica,  ser sogra é coisa antiquada e banal.
Ser avó é importante para alguns netos, quando há o apoio dos pais.
Mas, se isso não acontece vovós, não fiquem tristes porque no mundo existem muitas crianças precisando de uma adoção, mesmo que seja de uma avó.
Calem-se as flores, soprem os ventos murchem os desalentos.
Busquem forças de onde puder, mas sejamos criativas, ousadas e motivadas!
Há muita coisa no mundo que se fazer: crianças mudas, enfraquecidas, desnutridas,
Elas buscam não apenas um colo familiar de uma vovó, mas um colo amigo para lhe afagar.
Que sejamos familiares pelo menos amigos, para saber ouvir e discernir,
O que pode acontecer com a gente e com aqueles que desejam o bem da humanidade;
O mundo está chorando neste momento, resta agora a ecologia humana.
Querendo ou não, somos a base, a raiz de todos os lírios e flores que fazem parte da árvore genealógica.

 

A MATEMÁTICA E A BIOLOGIA DA VIDA FAMILIAR

      A MATEMÁTICA E A BIOLOGIA DA VIDA FAMILIAR

                          Maria Helena Campos Pereira¹

         A Matemática da Vida é assim, juntam-se 1 + 1, formam-se um casal que se pode amar muito, pouco, mais ou menos ou quase nada.  Mesmo assim, a vida se multiplica formam-se 1,2,3,4,5 filhos da junção biológica verdadeira, correta, aprovada pelas leis materiais e espirituais.

         Mas, a matemática  é ousada e a biologia também, pode acontecer uma divisão dos dois primeiros ( 1 + 1) e um deles se une a um(a) terceiro, surge  + 1 que equivale ao 6ª. Todavia a vida continua da mesma forma, com altos e baixos, frustrações, decepções, angústias dos primeiros 5 e de um dos 2 (dois) que consta no topo da escala dos primeiros. Este sexto (6º) caminha junto, às vezes ressabiada, se sentindo ignorada e isolada, no entanto, a primeira dos dois a recebe como tia, e tudo parece continuar sem tantos ressentimentos.

       Entretanto, uma dúvida no caminhar,  aparece o 7º ( sétimo) na biologia da vida, mas de quem será? Do mesmo 1 mais velho, do 1 + 1 ou do (primeiro) mais velho dos ordinais na escala dos 5? Não sei, há uma incógnita nesta concepção ou contracepção. A questão é que do ser ou não ser, o 7º é um ser humano como qualquer um de nós, foi adotado, registrado e acariciado muito mais do que os outros 5 (cinco) anteriores. A 2ª (segunda) foi até mãe de leite, sem saber se era tia ou irmã, mas cumpriu seu papel maternal com afeto e dedicação.

         E depois do falecimento de um dos 1+ 1, já no casamento do 3º filho da 2ª, a mãe de leite, surge a 8ª (oitava) nesta biologia da vida, todos as receberam com muito afeto e carinho, apenas a 6ª que se sentiu ofendida porque esta era filha de uma das colegas, amigas, ou sei lá conhecidas que traiu sua mãe.

        E para concluir, éramos 5 ( cinco), hoje somos 7(sete) ou 8 (oito), depende de um DNA desta última, mas a vida é mesmo assim. Somos filhos gerados pelo mesmo pai que nos criou com muito amor e carinho, apesar da seriedade às vezes e da grande autoridade que exercia sobre nós. Todos foram criados para o bem, sem nada que pudesse impedir a vida em sociedade.  Enfim, não somos filhos do nada, nem da lua nem do sol, mas podemos conviver com o vento e com os animais, eles são  dádivas e nós apesar das intempéries ambientais somos protegidos pela mão daquele que tudo criou, fez a matemática e a biologia da vida.

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¹ CAMPOS P. Mª Helena. A matemática e a biologia da vida familiar. Ariquemes: FAAr, 2015

 

A homenagem foi por sua dedicação ao ensino.

Foto 02 – Homenagem Prof. Odete / Acadêmicas 8º Direito 2015O

IIº SEMINÁRIO DE LEITURA E VIVÊNCIAS INTERDISCIPLINARES /CURSO DE DIREITO

Por Maria Helena Campos pereira¹

IIº Seminário de Leitura e Vivências Interdisciplinares do curso de Direito das Faculdades Associadas de Ariquemes – FAAr realizado no dia 10 de novembro de 2015 foi um sucesso. Integrou-se a esse evento os alunos do Curso de Administração Geral, senda o Iº Seminário desta turma. As apresentações foram intercaladas entre um curso e outro com momentos artísticos-Literários que contribuíram para a melhor socialização das leituras entre os acadêmicos, professores, coordenadores de turmas e demais participantes da comunidade. A participação foi efetiva com um número médio de mais de 1.000 (mil) envolvidos no processo.

A abertura do Seminário foi realizada pela prof. Maria Helena Campos Pereira, mentora e idealizadora do Projeto de Leitura e Vivências interdisciplinares. Em sua abordagem enfatizou a importância da Leitura além da sala de aula, pois a academia é um universo de conhecimentos que deve intercalar com a proposta social, citou Fazenda (2005), no que se refere às finalidades da interdisciplinaridade que pode ser científica, escolar, profissional e prática. Assim, este evento tem como objetivo maior, promoção da leitura e convivências na escola, família e comunidade, de tal forma a ampliar o contexto literário e a harmonia social.

O 8º período do curso de Direito foi a primeira turma a apresentar, teve como coordenador de turma o Prof. Elton Sadi Fuber e apresentaram o livro Mulheres que ousam escolher de Brito (2014). Fizeram uma síntese bem interessante da obra com as acadêmicas vestidas a caráter para homenagear as mulheres que ousaram e a professora Odete Alice Marão por ser uma exemplo na área de ensino, nas iniciativas sociais e lutas de classe. Este livro foi escrito para contribuir com a luta pela igualdade feminina, com base em experiências das próprias mulheres que fazem parte do enredo literário. Discute-se por exemplo, o machismo de algumas mulheres da época que exultavam aqueles que ousavam ser diferente e independente, por isso eram chamadas de vários apelidos e rótulos indesejáveis.

E como diz o autor, hoje elas são maioria nas universidades e nos cursos de magistratura, mas a conquista ainda não é plena. Dentre as mulheres que ousaram  cita-se Zarrin Taj, a teóloga e poetiza que escreveu e tornou público  sobre o crime cometido pelo governo brasileiro com a prisão de Olga Benário Prestes, a qual foi transferida para os Nazistas. Taj, em seus escritos e na conferência pública junto com outras pessoas lutaram pela libertação e integração daqueles que eram contra o movimento anti conservador e preconceituoso.

Aretha Franklin também ousou escolher e teve um papel fundamental no mundo da música, ela cantava sempre sobre o amor e especificamente, sobre as dores do amor, mas a partir de 1967 ela desafiou essa lógica e escreveu Respect, uma letra musical que pedia respeito e reconhecimento a uma mulher. E graças ao toque feminino hoje esta música é considerada uma das melhores canções do mundo, marca registrada dos movimentos por igualdade e respeito às nossas posições.

Naseredin Sháh Ghojar era influenciada por mães e os pais do Irã que quando queriam encorajar suas filhas a progredir diziam “Seja como uma TÁHIRITH”, assim, ela ousou em dizer para o rei da Pérsia: Você pode matar-me quando quiser, mas não pode impedir a emancipação das mulheres.

Rosa Luxenburguer sugere que as mulheres não necessitem de cargos públicos para alcançar o ideal de igualdade das mulheres perante a sociedade, mas sim lutar para proteger seus direitos fora destes cargos. E diz que uma solução, é inserir as mulheres no mercado de trabalho, isto é uma conquista que foi muito batalhada desde a Iª guerra mundial, pois  já conseguem sua estabilidade econômica e ainda podem ser reconhecida profissionalmente, um grande orgulho para todas, mesmo enfrentando a discriminação do trabalho feminino é uma garantia de que podem alcançar seus ideais igualitários.

Rose Marie Muraro foi citada pelo autor deste livro e subscreve ” o homem vê a mulher como se estivesse num frigorífico: um pedaço de nádegas, olhos grandes, cabelos pretos, seios fartos, ele enxerga a mulher aos pedaços”. Entende-se dessa forma que é inegável em decorrência da cultura machista, predominante com registros históricos da civilização que até pouco anos, as mulheres sofreram inúmeros tipos de abusos, rotulação . E por que não dizer que esta ainda é uma realidade até os dias atuais?

Madre Tereza de Calcutá que em seus conceitos diz que o mar seria menor se lhe faltasse uma gota, com referência ao  pouco que fazemos no dia a dia em prol do amor a humanidade. Myrtes Gomes de Campos e Thereza Grisólia Tang, respectivamente são, primeira advogada e juíza do Brasil lutaram contra os preconceitos que ocorriam em sua época. Este livro enfatiza que nos últimos 10 anos foram aproximadamente cem mil mulheres assassinadas no Brasil, e a cada segundo uma mulher é brutalmente violentada no mundo. E ainda que o fator motivador e influenciador que leva a violação se dá pelo fato de serem mulheres, um crime de gênero que tem diretamente, a relação com a mentalidade machista-escravista, que ainda tem sido uma realidade no mundo dos homens.

                                          Ariquemes: FAAr, 2015/2

A 2ª apresentação da noite ficou a cargo do 6° Período do Curso de Administração que vibraram com o en GLADWELL, Malcolm. Blink: a decisão num piscar de olhos. Rio de Janeiro: Rocco, 2005. (Tradução:Nivaldo Montingelli Jr.) Profª. Érika Brandhuber e Prof. Junlinês Bega Peixe – (coordenador)

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CAMPOS P, Maria Helena C. Pereira¹. Mestre e doutoranda em Ciências da Educação, Coordenadora e mentora do Projeto Leitura e Vivência Interdisciplinares. Ariquemes, Rondônia: FAAr/Sala 17, 2015

O  IIº Seminário de Leitura e Vivências Interdisciplinares do curso de Direito das Faculdades Associadas de Ariquemes – FAAr realizado no dia 10 de novembro de 2015 foi um sucesso. Integrou-se a esse evento os alunos do Curso de Administração Geral, senda o Iº Seminário desta turma. As apresentações foram intercaladas entre um curso e outro com momentos artísticos-Literários que contribuíram para a melhor socialização das leituras entre os acadêmicos, professores, coordenadores de turmas e demais participantes da comunidade. A participação foi efetiva com um número médio de mais de 1.000 (mil) envolvidos no processo.

A abertura do Seminário foi realizada pela prof. Maria Helena Campos Pereira, mentora e idealizadora do Projeto de Leitura e Vivências interdisciplinares. Em sua abordagem enfatizou a importância da Leitura além da sala de aula, pois a academia é um universo de conhecimentos que deve intercalar com a proposta social, citou Fazenda (2005), no que se refere às finalidades da interdisciplinaridade que pode ser científica, escolar, profissional e prática. Assim, este evento tem como objetivo maior, promoção da leitura e convivências na escola, família e comunidade, de tal forma a ampliar o contexto literário e a harmonia social.

O 8º período do curso de Direito foi a primeira turma a apresentar, teve como coordenador de turma o Prof. Elton Sadi Fuber e apresentaram o livro Mulheres que ousam escolher de Brito (2014). Fizeram uma síntese bem interessante da obra com as acadêmicas vestidas a caráter para homenagear as mulheres que ousaram e a professora Odete Alice Marão por ser um exemplo na área de ensino, nas iniciativas sociais e lutas de classe.