Arquivo do autor:Maria Helena Campos Pereira

Sobre Maria Helena Campos Pereira

Graduada em Pedagogia com registro em Matérias Pedagógicas: Psicologia Educacional, História da Educação e Didática. Pós graduada em em Planejamento Educacional, Supervisão e Inspeção Escolar. Mestre em Ciências da Educação e Doutoranda em Educação. Ministra palestras e cursos sobre Gestão Escolar, Filosofia para crianças, jovens e adolescentes com foco nas vivências interdisciplinares.

CORRUPÇÃO: DESESTRUTURA FAMILIAR E VIOLÊNCIA BRANCA

 CORRUPÇÃO: DESESTRUTURA FAMILIAR E VIOLÊNCIA BRANCA

                                                                 Maria Helena Campos Pereira[1]

                Entre a massa dos sequestradores, o critério se inverteu, qualquer cidadão que não tenha sinais exteriores de pobreza torna-se um alvo potencial. (BALLONE, 2002)                                         Nos dias atuais, observa-se a partir de noticiários em meios de comunicação que, os sequestradores já não importam muito com as pessoas de classe alta, a cada dia cresce o número de vandalismo e os processos brutais contra seres humanos, acredita-se na possibilidade de ser devido à necessidade de sobreviver, a carência por uma família estruturada ou pela desigualdade social, levando-os a bárbaros sequestros, como meio de sobrevivência ou por visualizarem uma vida com mais conforto.                                                                        De acordo com Ballone (2002), “o sequestro, ao lado da perda de um filho é o pior trauma que se pode sofrer”. Percebe-se através desse comentário que o sequestro é muito doloroso e dramático e pode ser comparado à perda de íntimos familiares.                                           A necessidade de sobrevivência pode instigar para que a violência cresça assustadoramente, e um dos motivos por esse constante aumento, são os sequestros, que assombram toda a população brasileira. O sequestrado leva para o resto da vida o trauma de estar preso em algum lugar, sofrendo torturas e ameaças. E esse trauma o leva a ter medo de tudo e de todos, envolve toda família que também passa a ter os mesmos medos e traumas. Os sequestradores não importam se é pobre ou rico, eles precisam ou querem o dinheiro e correm atrás da próxima vitima.                                                                                                                                 Com isso, as comunidades vivem com famílias estilhaçadas, onde os pais, sobrevivente das tragédias, suplicam por paz para que possam cuidar dos filhos.                                                         E, aquelas famílias traumatizadas, passam a implorar pela paz e segurança, daí a população começa a se conscientizar, a respeito da educação dos filhos, como pessoas dignas, respeitando o próximo, como também estar a cada dia, mais unida com a sociedade na colaboração com planos para combater esse tipo de crime, que muitas vezes pode destruir famílias inteiras. A erradicação dessas ações bárbaras e da violência assustadora é fundamental, porque nenhuma pessoa, independente da classe social está vivendo em paz, mas, acredita-se ainda, na possibilidade de um futuro, onde os filhos possam viver e conviver com segurança.                                                                                                                                                             Em casos de agressões familiares, nas entrevistas com pessoas do grupo de ansiedade e stress, numa das instituições educativas pesquisadas, notou-se que em alguns momentos pode haver um silêncio da vitima. Ela esconde sua dor, seu sofrimento, até a decisão de romper com a violência ou até mesmo morrer nas mãos do agressor. Entretanto, quando uma pessoa vem sofrendo constantemente com a violência, esta, nunca se sabe o que fazer e nem a quem recorrer, porque é mais fraca e submissa ao seu agressor, e também, ao saber de denúncias, ele pode repetir o ato, tomando decisões ainda mais trágicas e até tirar a vida do agredido.                    O mundo vive um grande desespero por causa desses problemas que se alastram a cada dia. Com esta desumanidade, já não se tem segurança da própria vida, por causa de certos indivíduos que não valorizam sua existência e a trocam-na por tão pouco.                                                  Índices de pesquisas da Folha de São Paulo e Rio mostram que acidentes matam muitas pessoas a cada momento como o caso do jovem Gustavo na madrugada do dia 13/03/2002 e muitos outros que é impossível nomear em tempos atuais. Entende-se que a velocidade, a imaturidade e o álcool são grandes causadores da violência de trânsito, acredita-se na falta de conhecimento das leis, na imprudência ao dirigir, na correria diária para o trabalho, no cansaço físico, no sono e outros, assim, o ser humano abusa ao ultrapassar os sinais e desrespeita as placas de sinalização, não valorizam a vida, e faz da direção um caminho fatal. Pesquisas nos informam que a cada minuto morre uma pessoa no trânsito, isto devido a bebida alcoólica que provoca o descontrole emocional e pode causar a morte. (Cidade Alerta)                                                  Tomar conhecimento destes fatos e procurar orientar os jovens sobre esta gravíssima causa é de suma importância, assim como, orientar a comunidade sobre a participação em projetos de conscientização que possam promover ações para minimizar o problema.                             Adicionando a isso, a violência branca, em que não se derrama sangue, também pode ser igualmente terrível, na forma de doenças da sociedade, aliada à fome, à miséria, ao descaso. Então, pergunta-se, o que o cidadão comum pode fazer para diminuir o próprio sofrimento e o de seus semelhantes?                                                                                                                                             Heleieth Saffioti (1997), relata em seu texto que o cidadão vive hoje em uma sociedade sem expectativa, com medo, procurando solução para os problemas da igualdade social. Ela enfatiza o acordar para a realidade, abandonar o descaso, e com o olhar crítico, ver a fome e a miséria que violentamente fere a grande massa popular e as ações caracterizadas como manifestações de violência, as quais abarcam frequentemente uma gama de comportamento.              A violência “branca” ultrapassa o limite da agressão física, ao admitir uma violência de caráter psicológico e moral, até mesmo o tráfico de drogas, de órgãos para transplante, de crianças e a famosa lavagem do dinheiro público podem estar inseridos nesse tipo de violência. Poucos se preocupam, no entanto, este tipo de violência, é mais sutil, ela não é percebida por todos, ou apenas resulte de “uma coisa natural”, não intencional.                                                                  Embora todos falem de paz, os homens vivem se armando. Há violência em todas as cidades, não importa se é metrópole ou não. Não se sabe o que fazer para acabar com esse mau que tem sido preocupação de muitos. A falta de diálogo, as restrições, a ambição incontrolável e a incrível sede de domínio econômico e político podem estar contribuindo para um caminho aparentemente sem retorno.                                                                                                       Será que os projetos políticos pedagógicos fundamentados na multi, pluri, trans e interdisciplinaridade, não poderão contribuir com o desenvolvimento de comunidades mais disciplinadas e harmônicas?                                                                                                                                     Acredita-se que a partir de planejamentos cooperativos, onde o acolher e  regatar valores possam ser os melhores caminhos para se evitar brigas, ameaças e depredações, pois educação se faz com o compromisso e a união de todos. A união pode minimizar competições e promover mudanças no meio em que se vive, porque a vida corre risco a todo o momento.                 Pergunta-se então: O que os homens entendem de paz? A droga e a prostituição são as causadoras da violência? Qual é a paz que eles procuram? Dizem que a paz é como chama, embora silenciosa é ativa e apressa principalmente quando o silencio é cruel. Ela insiste fundamentalmente, quando precisa mudar certos fatos, a paz não significa não fazer nada contra, mas, fazer tudo para o bem de todos.                                                                                                   Lutar contra a corrupção, a favor da justiça, do amor, da democracia e do plano cooperativo pode constituir um dos melhores caminhos para se resolver os males que afetam a humanidade.

Referência

  VALLADARES, Ricardo. O Brasil ensanguentado. Revista Veja. Mês/Janeiro. nº 04. Ed. Abril. P. 90. São Paulo,  2002                                                                                                                             BALLONE. Geraldo. Professor da PUC da Campinas, São Paulo. Revista Veja. Ed. Abril, 2002. P. 41  nº 06.                                                                                                                                                             PEREIRA, Paula e outros. Códigos fora da lei. Rio de Janeiro – Ed. Globo, 2001 – ano lll, P. 77, nº 155.                                                                                                                                                       GOMES, Marlene Baltazar da Nóbrega. Violência intra familiar. EM. Revista Visão Missionária. P. 25, nº 2 – 2º TRI 2002.                                                                                                                             Revista Isto É, nº 1093, ano 2002.                                                                                               SAFFIOTI, Heleieth. Violência em debate. Ed. 1ª. São Paulo. Moderna, 1997 –   P. 20.                 PELLEGRINI, Denise. Revista Nova Escola. Mês/ maio. P. 16, ano: 2002.

1] CAMPOS,  P. Maria Helena. Corrupção: desestrutura familiar e violência branca. Este texto é uma produção coletiva com acadêmicos do Curso de Pedagogia da Faculdade de Mantena- FAMA, num exercício de trabalho participativo com temas de interesse e contextual. Mantena, Minas Gerais: FAMA, 2003/2016.

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THALITA, DIVINA VIDA: Thalita, laço de fita

THALITA, DIVINA VIDA: Thalita, laço de fita¹

Thalita, levita bonita

  hoje estás cheia de vida

  muito esperta e definida

  tú es forte e decidida

 

A flor que veio do infinito

  ninguém sabe, ninguém viu 

  mas, seu caminhar é fiel

  és divina flor do céu,

 

Laço de fita, vida de amor

  não surgiu de um carrossel

  nem se lambuzou de mel

  és fruto de muito clamor

 

Inquieta desde o útero

  com seis meses já pulou,

  até a medicina duvidou

  mas, fervorosos lhe chamou

 

Tu és a mais resistente

  no leito de um hospital,

  joelhos se dobrou, muitos

  por ti orou, outros até chorou

 

Amor nunca lhe faltou

  hoje, és criança imponente

  nem parece coração de ventre

  vieste pra ficar e vidas há de transformar.

 

[1] CAMPOS Pereira, Maria Helena. Thalita, divina vida: Thalita, laço de fita. O poema conta a História de Vida de Thalita, em homenagem ao seu 1º (primeiro) aniversário, uma vida que só pode ser milagre do infinito e poderoso Pai Celestial. Dedica-se também o poema a todas as Thalitas do mundo, que podem ser frutos da dor e do amor, mas de um belo interior.

MANUELA, UMA FLOR BELA

MANUELA, UMA FLOR BELA[1]

Muita luz, muita cor e muito amor!

Amor incondicional, Manuela, não és,

Nem cravo e nem canela, mas

Um deslumbre que perfuma a alma

E que aquece e acalma os corações ao seu redor

Lâmpada que reluz, ilumina e brilha no âmago daqueles que conseguem perceber,

A subjetividade e o afeto que na sua inocência, transcende a todos que estão à sua orla, em                seu círculo de vida.

És e sempre serás, a mais bela das Manuelas.

            Seu nome carrega a divindade do Ser maior, vem de Emanuel, que significa Deus Conosco. Fruto das bênçãos do Altíssimo. Tu és paz, harmonia, equilíbrio, leveza, beleza e de uma serenidade que poucos são aqueles que conseguem enxergar a poética e a estética, que estão dentro de seu SER.

           Ao seu entorno, estão Gonçalves, Pereira e “Campos” floridos que conseguem te amparar, proteger e regar, para que a relva se torne mais produtiva e as flores com um perfume tão profundo, que só o amor pode exalar.

                  E viva Manuela, uma flor das mais belas!

 

 

[1] CAMPOS, Pereira. Maria Helena.  Manuela, uma flor bela. Acróstico poético elaborado para sua neta, em homenagem à comemoração de seu 1º (primeiro) aniversário. Dedica-se também este texto, a todas as Manuelas do mundo, que conseguem entender e perceber a importância da beleza interior. Itabirinha, 05 de setembro de 2016.

POÉTICA E ‘ÉTICA RACIONAL’

                                         POÉTICA E ‘ÉTICA RACIONAL’

                                                                                O menino queria um burrinho para passear, um burrinho manso,                                               que não corra nem pule, mas que saiba conversar[1].

            Ao abordar sobre ética racional, nos faz refletir a respeito do poema, o menino azul, quando Cecília Meireles relata que o menino queria um burrinho manso e que soubesse conversar, nesta sua metáfora, ela parece referir justamente, a um ser irracional, o burrinho, mas com atitudes racionais, porque saber conversar e ser suave, é significativo para um ser humano que realmente precisa ser racional. O não correr  e nem pular, também pode significar a correria da vida e o ultrapassar os limites dos outros para alcançar a qualquer custo os objetivos individuais, porém, sem preocupar com as consequências do próximo, que nos parece uma ação antiética.

            Assim, a ética kantiana está centrada na noção de dever. Parte das ideias da vontade e do dever, conclui então pela liberdade do homem, cujo conceito não pode ser definido cientificamente, mas que tem de ser postulado sempre, sob pena de o homem se rebaixar a um simples ser da natureza. Kant também reflete, é claro, sobre a felicidade e sobre a virtude, mas sempre em função do conceito de dever. É famosa, na obra de Kant, sua formulação do chamado “imperativo categórico”, nas palavras: “Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal”. Kant reconhece que esta é apenas uma fórmula, porém ele, que gostava tanto das ciências e que não tinha a intenção de criar uma nova moral, estava apenas preocupado em fornecer-nos uma forma segura de agir. Sua ética é, pois, formal, alguns até dirão formalista.

            O pensador alemão, com seu imperativo categórico, forneceu, na prática, um critério para o agir moral, que diz, se queres agir moralmente, isto é, para Kant, racionalmente, o que aliás tu tens de fazer, age então; de uma maneira realmente universalizável. Aqui está o segredo da ética kantiana: A universalização das nossas máximas, em si subjetivas, é o critério. A moral kantiana, de certo modo, também pressupõe um conceito de homem, como um ser racional que não é simplesmente racional. Portanto, um ser livre, mas ao mesmo tempo atrapalhado por inclinações sensíveis, que ocasionam que o agir bem se apresente a ele como uma obrigação, como uma certa coação, que a sua parte racional terá de exercer sobre sua parte sensível. O dever obriga, força-nos a fazer o que talvez não quiséssemos ou que pelo menos não nos agradaria, porque o homem não é perfeito, e sim dual. Mas o dever, quando nos força, obriga a fazer aquilo que favorece a liberdade do homem, porque o homem é um ser autônomo, isto é, sua liberdade, no sentido positivo, consiste em poder realizar o que ele vê que é o melhor, o mais racional. Poder realizar significa: causar por vontade própria um efeito no mundo, ao lado das causas naturais que pertencem, como diz Kant, à maneira newtoniana, ao mecanismo da natureza.

            O homem, neste sentido, é legislador e membro de uma sociedade ética: é legislador porque é ele que vê o que deve ser feito, e é membro ou súdito porque obedece aos deveres que a sua própria razão lhe formula. Neste sentido, ele não tem um preço, mas uma dignidade, e é por isso, que a segunda fórmula do imperativo categórico diz para agirmos de modo a não tratar jamais a humanidade, em nós ou nos outros, tão somente como um meio, mas pelo menos  como um fim em si. Então, isso poderia chamar de uma ética do respeito à pessoa.

            Neste caso, por que não dizer também o respeito ao meio ambiente? Ou seja, o local onde vivem as pessoas, os bichos, as coisas. Dessa forma, podemos retomar o fragmento poético de Meireles que diz: o menino quer um burrinho que saiba inventar histórias bonitas, com pessoas e bichos, que saiba dizer o nome dos rios, das flores, e de tudo que aparecer.

            Portanto, a ética racional, que enfatizamos, também com as teorias kantiana, refere-se a este ambiente, onde existem seres humanos que são altruístas, equilibrados, que primam por um conhecimento integrado, global e humanista. Que mesmo em meio a tempestades, sempre há um lugar para a subjetividade e a poética, como forma de se trabalhar e vivenciar a ética e prática educativa.

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* Prof. Dr. Alvaro L. M. Valls.Dep. Filosofia – UFRGS.                                                                                  ** Adaptado por CAMPOS  P., Mª Helena. Ética e prática educativa. Governador Valadares: UNIPACGV, 2016                                                                                                                                            [1] MEIRELES, Cecília. O Menino Azul. Poema infanto juvenil.

Ética e diversidade cultural na sala de aula.

A DIVERSIDADE CULTURAL BRASILEIRA EM SALA DE AULA[1]

        A cultura de um povo é formada por vários elementos, como crenças, ideias, mitos, valores, danças, festas populares, alimentação, modo de se vestir, entre outros fatores. É uma característica muito importante de uma comunidade, pois a cultura é transmitida de geração em geração e demonstra aspectos locais de uma população.

     O Brasil, por conter uma grande dimensão territorial e uma população numerosa e miscigenada, com grande quantidade de descendentes de europeus, africanos, asiáticos e índios, apresenta uma vasta diversidade cultural no seu povo.

        Esse é um tema de extrema importância e deve ser abordado em sala de aula, pois os alunos devem ter conhecimento da diversidade cultural do país e saberem a origem de festas folclóricas, culinária, crenças e todos os tipos de manifestações culturais, fortalecendo ainda mais o processo de valorização dos costumes locais, contrapondo a tentativa de unificação de uma cultura de massa imposta pelos meios de comunicação.

    Ao abordar a pluralidade cultural do Brasil, o professor deve promover no aluno o sentimento de valorização cultural do país, além do reconhecimento e respeito das diferentes culturas, e mostrar que não existe uma melhor ou mais desenvolvida que a outra.

       Deve-se esclarecer o conceito de cultura e citar os principais elementos que configuram a cultura de um determinado local. Questione os alunos sobre os aspectos culturais do Brasil e os principais povos responsáveis pela disseminação cultural.

       Feito isso, divida a turma em cinco grupos, sendo cada um responsável por uma Região do Brasil (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste, Sul), onde aspectos culturais de cada Região deverão ser pesquisados. Os alunos poderão realizar estudos sobre a culinária típica, danças, festas populares, manifestações religiosas, de forma que o potencial de cada grupo seja explorado ao máximo.

     Posteriormente, promova apresentações dos grupos, abordando as principais manifestações culturais e os povos responsáveis pela propagação cultural de cada região pesquisada. Se possível apresente vídeos das atividades realizadas.

    Após as apresentações reúna os trabalhos de cada grupo e monte uma revista, de forma que os alunos tenham material sobre a cultura brasileira, e o que é mais importante, produzido por eles mesmos.

  A professora sugere também que pode-se produzir cartazes e ou livrinhos para que o conhecimento possa ser arquivado e socializado. Além disso, a possibilidade de realização de um seminário, ou teatros ou exposições com base no interesse de cada grupo. De acordo com Édouard Claparède, “Uma criança não é uma criança para ser pequena, mas para tornar-se adulta”  e “Toda conduta é ditada por um interesse; toda ação consiste em atingir o objetivo que é mais urgente naquele momento determinado”

     Portanto, ao realizar as tarefas em sala de aula com os alunos é de fundamental importância que se busque um acordo entre os aprendizes e seus interesses em pesquisar e discorrer sobre os assuntos correlatos à temática em foco, e ainda para que possam estar mais motivados, porque foram ouvidos pelos coordenadores do processo.

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[1] Por Wagner de Cerqueira e Francisco, Graduado em Geografia. Com adaptações de CAMPOS, Mª Helena C. P. Prof. de Ética e pratica educativa. Tema: Ética e diversidade cultural na sala de aula  para a educação  básica. Gov. Valadares: UNIPAC GV, 2016

LUANDA

LUANDA[1]

A lua anda, anda, anda sem querer e sem parar

Luanda toda imponente se atreve viver no mar,

Barco estimado que inspira a história de vida,

Dia e noite, noite e dia, pelas rotas a pescar.

 

Linda menina de olhos e cabelos castanhos

Que a tão pouco tempo se encontrava no lar

Hoje ela retrata seu nascimento com a linda

Emocionante e exuberante história do mar.

 

Pescadores vão e vem, anda, anda no além

Luanda balança pra lá e pra cá, maré alta,

Maré baixa, a lua anda e Luanda também.

 

Luanda barco imponente! Luanda menina, linda!

Um nome em comum, Luanda anda na terra,

Luanda anda no mar, corta ondas e as empina,

Mas seu trajeto ela não emperra, desterra.

 

Vai em busca da vida, vida que vive no oceano,

Grandes, pequenos e minúsculos peixes a bailar,

Luanda vive no mar, Luanda vive no lar!

 

Inspirada por Deus, seus pais podem entender

e conviver, com inteligência, beleza e alegria,

Luanda fala, Luanda estuda as belezas do mar.

Luanda é menina! Luanda é vida! Luanda é poesia!

 

A lua brilha, a vida anda e viva Luanda!!!

 

[1]CAMPOS Pereira, Mª Helena. Luanda. Poema inspirado na vida de uma menina que surge inesperadamente na mesa desta professora na aula de Ética e prática educativa, com os questionamentos próprios da idade dela e conta a história de seu nome que estava escrito no barco e seu pai gostou. Governador Valadares: Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPACGV, 2016.

 

 

CÓDIGO DE ÉTICA: Uma construção coletiva

Código de Ética: Uma construção coletiva[1]

Lei nº110416 de 04 de abril de 2016

Estabelece as diretrizes e bases do código de Ética para os profissionais da Educação.

TÍTULO – I – Do respeito às pessoas

            A ética é uma palavra chave que deve constar no vocabulário e convivência humana embasada no respeito ao próximo e necessita ser usada por todas as pessoas, independente das posições sociais, principalmente para aquelas que nos representam no Poder Público.

 Art. 1º- De acordo com os acontecimentos vivenciados pelo “mar de lama”  é necessário que:

  • 1º- Haja o respeito por parte dos políticos, compromisso em cumprir todos os seus deveres sociais e com seus eleitores que os instituíram para o poder público.
  • 2º- De acordo com os últimos acontecimentos vivenciados pela população valadarense fica decretado que:

Art. 2º- A falta de respeito com a população está sem limites é preciso ter ação imediata das autoridades competentes do poder Judiciário, da União e da Justiça Federal.

TÍTULO – II – Do respeito ao ambiente

 Art. 1º- Com base em nossos estudos o ambiente escolar deve proporcionar e propiciar os seguintes valores éticos:

  • 1º – O respeito equivale a amar o próximo independentemente da raça, cor ou religião, assim como respeitar é tolerar as diferenças.

I – Fica definido que á partir desta data no curso de pedagogia, a tolerância torna-se a principal ferramenta para a convivência  humana.

 II – Assim fica determinada que haja a tolerância e temperamento equilibrado em todos os momentos para que a convivência seja agradável.

III – Então, a partir desta data, no curso de pedagogia, o “respeito” torna-se a principal ferramenta para convivência. Assim, a prioridade para uma boa convivência entenda-se o respeito, a honestidade, o amor ao próximo como a si mesmo.

IV – Pensar e mudar as atitudes antes de vivenciá-las e ou torná-las concretas, não  julgar o próximo sem a exata certeza e procurar desenvolver o autocontrole de todas as ações.

  • 2º- A positividade é fazer com que o pesado se torne leve, tolerável, ter esperança e confiança em dias melhores.
  • 3º- A honestidade como algo fundamental e necessário, assumindo as ações e suas consequências.
  • 4º- Entender que a interação é saber viver em sociedade e tratar o outro como gostaria de ser tratado.

Art. 2º- Fica definido, a partir desta data, que o uso seguinte e a prática de elogios é livre, devendo ser obrigatoriamente utilizado pelos menos uma vez por dia nas turmas do curso de Pedagogia, levando, assim essa prática para a vida.

Art. 3º-  Define-se também que a partir desta data os alunos de Pedagogia devem respeitar uns aos outros independente do professor estar ou não em sala de aula, ou em qualquer outro lugar, assim como, saber ouvir e falar no tempo certo.

Art. 4º-  Fica determinado ainda que ensinar aos alunos o que é ética e sua importância nos diversos níveis como, por exemplo, ambiente de trabalho, família, escola, grupo de amigas(os) é fundamental e imprescindível.

  • 1º – Não fazer comentários sobre o comportamento ou métodos de ensino de outros professores para não prejudicá-los, apenas em momento apropriado, direcionado ao crescimento de cada um, pois o diálogo é essencial à boa convivência,

Art. 5º –  É imprescindível que a ética seja norteadora do convívio social, de maneira a ser incorporada por cada indivíduo para que a convivência tenha carácter descentralizado, democrático e privilegie a preservação dos recursos naturais, do ambiente e de toda a sociedade.

Art. 6º – É indiscutível que a ética esteja implícita na administração institucional e que esta tenha caráter democrático, postura de descentralização e privilegie a preservação ambiental, o respeito social e os recursos naturais.

  • 1º- Assim, a equidade de participação deve ser garantida e os princípios constitucionais preservados.

TÍTULO – III – Do entendimento Ético e Gestão Pública

Art. 1º-  Entende-se por ética os princípios que se encontram na Carta Magna e no que diz respeito à:

  • 1º – Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e a eficácia.
  • 2º – Ser honestos, administrando os bens públicos, já que estes pertencem a toda sociedade.
  • 3º – Respeitar e ser educado no relacionamento com os indivíduos de uma maneira geral.
  • 4º – A dimensão de ser ético é discernimento ao manifestar opiniões e comentários acerca do outro.

Art. 2º – Assim, fica definido a proibição de qualquer acordo entre empresas e diretores de órgãos públicos e a funcionários de autoescalão sem o consentimento da população Valadarense, seus distritos e regiões adjacentes.

  • 1º – Desde já fica deliberado que a partir desta data, o que ocorrer com os vereadores, a sociedade terá livre acesso, a saber, suas definições e decisões em “respeito” a todos.
  • 2º – O seu direito começa onde o do outro termina; a falta de humildade, de solidariedade, de compromisso, de ética, de amor para com as pessoas atingidas por inesperadas catástrofes, que deixam muitos desabrigados, acidentados e mortos, foi e é a maior ignorância humana e desrespeito.

Art. 3º – Fica definido a incorporação da ética no ambiente escolar, público e privado, sendo obrigatória a tolerância em todas as situações vivenciadas.

.  § 1º-  A ética deve ser apresentada não só dentro das salas de aula como conteúdo de ensino, mas, em todo ambiente escolar, no resgate de valores, amadurecimentos, ao diagnosticar sentimentos, demonstrar solidariedade, contribuindo com a paz  e o amor ao próximo.

.  § 2º-  É compromisso de todos a busca pela qualidade profissional e esclarecer as diversas dúvidas existentes entre os profissionais  e os indivíduos para o crescimento próprio.

  • 3º- A dimensão ética, deve-se estender em todos os âmbitos da vida social, econômica, afetiva e cultural.

Art. 4º – Com base no Art. I, § 1º do Título I, fica definido que os políticos deverão incorporar seus valores éticos, visando o entusiasmo, a justiça e a honestidade.

.  § 1º-  Fica decretado que a partir de então, os políticos de Governador Valadares deverão ser transparentes em qualquer ato tomado perante a sociedade, com isso ser o primeiro Município da região a contar com um código de ética realmente funcional. Para isso,

    I – A sociedade deverá utilizar do seu direito de participação na administração pública e terá que ter livre acesso aos processos administrativos, quanto ao que for decidido para tornar-se ativa e participante em todos os procedimentos fundamentais à sociedade.

   II – Deixar a disposição da sociedade notas verídicas e detalhadas quanto a renda utilizada, quer no gasto ou na arrecadação de impostos e aquisição de bens públicos.

 III – Compete aos vereadores colaborar para o bom funcionamento e atendimento da prefeitura zelando pela imagem da mesma e de todo o interesse da população.

   IV –  Portanto, a ética precisa estar presente na vida profissional e pessoal, assim como na vida pública.

Governador Valadares, 14 de abril de 2016.

_______________ 

[1] CÓDIGO DE ÉTICA- Uma construção coletiva. Alunas (os) do 6º Pedagogia sob a coordenação de Maria Helena Campos Pereira, Professora de Ética e prática educativa. Governador Valadares: Universidade Presidente Antônio Carlos-UNIPAC-GV, 20161.

Ética e Literatura: O menino de todas as cores

O MENINO DE TODAS AS CORES¹

O menino quer viver

Em um mundo de harmonia

Onde o homem, a fauna e a flora

Convivam em eterna sabedoria

                –x–

O menino cansou de escolher

Uma cor preferida pra viver

Descobriu que todos podem crescer

Utilizando todas as cores do ser

                –x–

Azul, verde, rosa,

Lilás, amarelo, vermelho,

Cinza, marrom, preto, branco, laranja

E tantas outras cores que fazem brilhar a esperança

               –x–

O mundo fica melhor

Se cada um doar um pouquinho

De amor, alegria, paciência, tolerância,

Carinho, respeito, honestidade e doçura.

             –x–

Assim, todos podem aprender,

Que ser é mais importante que ter

Todos vivendo igualmente

Tal qual a criação divina, e

Unidos como a beleza de uma poesia.

______________

¹FERREIRA, Claudilene (org).O Menino de todas as cores. Lidiano Belechiano & Lorena Rosa e Mônica Ker. Trabalho elaborado na disciplina de Ética e prática educativa, sob a coordenação da professora Maria Helena Campos Pereira. Governador Valadares: UNIPACGV, 2016.

 

DIAGNÓSTICO DA GESTÃO ESCOLAR NO VALE DO RIO DOCE Uma construção coletiva referente à educação básica.[1]

DIAGNÓSTICO DA GESTÃO ESCOLAR NO VALE DO RIO DOCE: Uma construção coletiva referente à educação básica.[1]

                                                                           Maria Helena Campos Pereira[2]

Resumo

Este texto tem como objetivo apresentar os pontos de melhoria para as escolas públicas do Vale do Rio Doce e adjacências, como forma de se refletir, questionar e replanejar as ações que por ventura estão necessitando de um olhar mais profundo. Utilizou-se para isso, instrumentos da gestão pública com base em Chavianato (2005); Libâneo (2004); Rede ACES e outros.

Palavras chave: 1. Gestão escolar 2. Construção coletiva 3. Diagnóstico em escolas públicas

Introdução

            É difícil falar de gestão de processos educativos escolares em uma academia sem ouvir  aqueles que vivenciam o dia a dia de uma escola para a realização de um diagnóstico coerente com a realidade vivida. Assim, com os fundamentos de Freire(2006), ensinar, aprender e pesquisar não se desvinculam é um ciclo gnosiológico. Por isso, e outros motivos é que se resolveu investigar a prática gestora no Vale das Águas Doces, se assim ainda se pode dizer, ou Mar de Lamas devido a situação atual.

Os itens abaixo apresentam desafios para o gestor, professor, equipe pedagógica e toda equipe escolar para que possam fazer uma reflexão quanto ao desenvolvimento de possíveis mudanças nas organizações escolares, com busca de inovação, novos saberes, dedicação, determinação para a realização de projetos culturas, envolvam pais, familiares e comunidade em uma prática pedagógica participativa e democrática que desperte o interesse e a curiosidade de cada educando, a partir de sua vivência no cotidiano.

A metodologia utilizada foi interligada com reflexões individuais, logo em seguida com diálogos grupais, leitura, observação e análise profunda das necessidades escolares da rede pública do Vale do Rio Doce e municípios adjacentes, bem como, suas causas e consequências, a partir do “Diagrama de Causa-Efeito”.

Os resultados obtidos foram uma sequência de problemas que necessitam ser revisados e melhorados na rotina da educação básica e infantil. Dentre eles, a falta de:

  1. Respeito quanto ao material a escolar;
  2. Interesse entre professores e funcionários;
  3. Diálogo entre pedagogos, professores, monitores;
  4. Infraestrutura;
  5. Projeto Pedagógico Curricular e Projeto Pedagógico institucional;
  6. Gerência do tempo;
  7. Eficácia;
  8. Coerência de Capacitação continuada para professores e equipe;
  9. Monitores para alunos com dificuldade de aprendizagem;
  10. Compromisso do gestor com as atividades escolares globais;
  11. Transparência na prestação de contas com a escola e colegiado;
  12. Estratégia para motivar a reunião de pais;
  13. Convivência equilibrada;
  14. Salas de aula “ambientalizadas”;
  15. Comunicação escola, família para contribuir com o processo de ensino aprendizagem;
  16. Responsabilidade com o “lixo’ escolar ( Projeto 5 “S”);

Então, com base nas reflexões  compostas por mais de 60 (sessenta) profissionais da educação e acadêmicos do ensino superior que estudam a respeito da gestão escolar, eles enfatizam que a vida docente precisa ser reinventada todos os dias, a prática pedagógica do professor não pode ser uma rotina de ações sem sentido e sem amor, é necessário que o professor seja inovador e pesquisador, para desenvolver uma prática significativa e de formação. No cotidiano o professor deve saber provocar novas situações, construir novos cenários, desconstruir e reconstruir conceitos que estimulam a aprendizagem.

O mundo hoje necessita de profissionais nas escolas capazes de modificar as estruturas do ensino escolar, tanto externo, quanto interno, com lutas, mobilização de outros profissionais para que a mudança aconteça, e abra as portas para uma nova educação de fato. A educação é um processo permanente e contínuo porque nunca acaba, e os profissionais da área necessitam ser pacientes, porque os resultados nem sempre aparecem imediatamente, por isso o professor tem que ser confiante, ter uma atitude positiva, ser justo e compreensível ao avaliar seu aluno, tendo os resultados como ponto de partida para o recomeço de novas dificuldades a serem superadas e novos saberes a serem adquiridos, a partir do processo de ensino e aprendizagem.

O professor tem que estar preparado, ser capaz de explorar novas situações, novos limites, se expor a novas buscas para fazer a diferença na vida de seus educandos, com a responsabilidade de formar cidadãos conscientes, reflexivos de seus direitos e deveres, com posturas reflexivas e ponderadas, porém com criticidade no meio social.

Portanto, não é possível mais brincar de formação dos educandos, porque a educação não pode ser confundida com o consumo e o sistema de produção. É claro que está relacionado, mas, o processo educativo é transcendente e vai além dos muros da escola, com uma significância que se responsabiliza pelo resgate e incremento dos valores éticos/morais e culturais.

Referências

 CHAVIANATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 2005

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Altonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra 1996.

LIBÂNEO, José Carlos. O sistema de organização e gestão da escola. Rio Grande do Sul: Alternativa, 2004/2013

REDE ACES – Rede de Ambientalização Curricular no. Ensino Superior. Disponível em: nsma.udg.es/ambientalitzacio/web_alfastinas/…/Aces2/03Capitol2.pd

 

 

[1] Prof. Maria Helena Campos Pereira e Acadêmicas do 7º Pedagogia 2016/1. DIAGNÓSTICO DA GESTÃO ESOLAR NO VALE DO RIO DOCE: Uma construção coletiva referente à educação básica. Governador Valadares: UNIPAC –GV, 15/2/2016.

 

[2] Maria Helena Campos Pereira é mestre e doutoranda em Ciências da Educação com linha de pesquisa em Inovação Pedagógica e Educação Ambiental pela UMa e FUNIBER. É professora da Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC GV e Faculdades Associadas de Patos – FIP.

Ética: Burrinho Parceiro

                       Burrinho Parceiro¹

Meu burrinho parceiro,

Vem comigo passear!

Por paisagens verdejantes,

ele vai de mim cuidar.

–x–

No curso de um rio comprido,

Nós iremos galopar,

Pois meu Burrinho parceiro,

Vai trotando até o mar.

–x–

E no meio do caminho,

Histórias ele vai contar.

O tempo vai passar depressa,

E mais leve tal passarinhos

O Burrinho vai me faz ficar.

–x–

Os sapos vão coaxando,

E a noite já vai chegar,

Mas, não vou ficar com medo,

Meu Burrinho é corajoso

E do caminho conhece o segredo.

–x–

O meu Burrinho é parceiro,

Nem quer parar pra descansar

Quer logo me dar alegria

E o meu sonho realizar.

–x–

O mar já vou avistando,

Tanta paz, nem dá pra explicar.

Parceria muito boa

Igual esta não há.

–x–

E no mar nós já chegamos,

Já nem sei o que falar,

Só quero agradecer meu Burrinho

Por meu sonho realizar!

_______________________

¹CRUZ, Priscila Sila da. Burrinho Parceiro. Priscila Sila da Cruz, Flávia Gomes Geber,  Juliana Pereia Batista Silva, Leiliane Mendes Ferreira, Luana Oliveira & Michelle Ribeiro Avelino. Construção Coletiva sob orientação da professora Maria Helena Campos Pereira em “Ética e Prática Educativa”. Governador Valadares: UNIPACGV, 2016.