Arquivo mensais:julho 2013

O PAPA FRANCISCO NO BRASIL

O PAPA FRANCISCO NO BRASIL[1]
                                
  Ao fazer uma sinopse da visita do Papa no Brasil, entende-se que Ele assumiu a Igreja num período muito difícil, no entanto, fala claramente dos problemas enfrentados e consegue nomear especialistas laicos para ampliar as melhorias no Vaticano nestes cinco meses de pontificado. E em Terras brasileiras, ele visita doentes ao hospital, comunidades carentes, instituições de recuperação de drogados, com uma postura altiva.
Entende-se, assim como outros  comentaristas e até historiadores, que a visita do Papa ao Brasil é marcada pela diplomacia institucional do Vaticano em relação à América Latina, ao aproveitar o fato de Francisco ser o primeiro Pontífice da região, o primeiro Jesuíta a ocupar o cargo. A visita no Brasil foi a sua primeira viagem internacional, e o discurso dele é intensamente articulado com a questão da pobreza, até mesmo ao dizer que “a Igreja tem que estar nas ruas, se não”, pode-se tornar uma organização não governamental – ONG. (Munteal, 2013)
Acredita-se realmente que não se pode exercer um trabalho educativo com foco na religiosidade e espiritualidade, apenas dentro de quatro paredes, com ilustrações e ornamentações alusivas ao assunto. Nem mesmo ser solidário com posturas cerradas em templos específicos, quando outrens estão na rua à procura do nada ou de algo que só exerce momentaneamente o prazer físico e transcendente.
A diplomacia, a capacidade de adaptação e conhecimento do outro tem sido uma marca em suas ações, mesmo porque, sua linha organizacional é a Jesuíta, assim, tem forte ligação com os pobres e os simples. Ressalta-se também ao proferir seu discurso, que a mensagem tem forte relação com a política ao defender a necessidade da Igreja caminhar com os oprimidos, assim, faz-se necessário a presença da Igreja nas camadas populares, e isto nos faz recordar Paulo Freire com a Pedagogia do Oprimido e também a ideia do teólogo Leonardo Boff, em épocas de seu sacerdócio.
                   O que o Papa Francisco trouxe até agora de novo. É arriscado fazer um balanço do pontificado de Francisco, pois o tempo decorrido não é suficiente para termos uma visão de conjunto. Numa espécie de leitura de cego que capta apenas os pontos relevantes, poderíamos elencar  alguns pontos. 1. Do inverno ecclesial à primavera: saímos de dois pontificados que se caracterizaram pela volta à grande disciplina e pelo controle das doutrinas. Tal estratégia criou uma espécie de inverno que congelou muitas iniciativas. Com o Papa Francisco, vindo de fora da velha cristandade européia, do Terceiro Mundo, trouxe esperança, alívio, alegria de viver e pensar a fé cristã. A Igreja voltou a ser um lar espiritual.[2]
                Espera-se realmente, que tanto a juventude, quanto os mais experientes quanto à idade possam incorporar a lição deste grande Jesuíta que realça a sua postura e sentimento Ético a preocupação com toda a humanidade, até mesmo ao solicitar que eliminem o elitismo, que parece imperar no meio de grande parte da população mundial.
 De uma fortaleza a uma casa aberta: Os dois Papas anteriores passaram a impressão de que a Igreja era uma fortaleza, cercada de inimigos contra os quais devíamos nos defender especialmente, o relativismo, a modernidade e a pós-modernidade. O Papa Francisco disse claramente: “quem se aproxima da Igreja deve encontrar as portas abertas e não fiscais da alfândega da fé; é melhor uma Igreja acidentada porque foi à rua do que uma Igreja doente e asfixiada porque ficou dentro do templo”. Portanto mais confiança que medo. (BOFF, 2013)
Com base neste contexto, espera-se que a fortaleza seja quebrada e haja a incorporação de ações ecléticas no mundo espiritual e real, mesmo porque somos feito a imagem e semelhança do altíssimo, então, não há porque vivermos dentro dos templos religiosos domingo a domingo, e não enxergarmos a necessidade do próximo e vivenciarmos um mundo mais eclético, tanto nas questões religiosas, quanto educacional e real. Ainda pela visão de Boff (2013), o terceiro ponto relevante:
De Papa a bispo de Roma: Todos os Pontífices anteriores se entendiam como Papas da Igreja universal, portadores do supremo poder sobre todas as demais igrejas e fiéis. Francisco prefere se chamar bispo de Roma, resgatando a memória mais antiga da Igreja. Quer presidir na caridade e não pelo direito canônico, sendo apenas o primeiro entre iguais. Recusa o título de Sua Santidade, pois diz que “somos todos irmãos e irmãs”. Despojou-se de todos os títulos de poder e honra. O novo Anuário Pontifício que acaba de sair cuja página inicial deveria trazer o nome do Papa com todos os títulos, agora aparece apenas assim: Francesco, bispo de Roma.
Ele foi eleito para o supremo poder, no entanto, sua simplicidade e humildade lhe faz rejeitar o poderio e resgatar a memória de bispado, e a recusa do título de Sua Santidade nos faz entender que, este é um de seus exemplos de vivência Ética, pois a irmandade é que nos faz vivenciar a lei maior, e não só de títulos, de poder e honrarias nos leva ao maior grau de humanidade que o outro, todos somos seres especiais, portanto, racionais. Assim, no espectro de Boff (2013), o quarto ponto relevante nos ensina que o Papa deixou o palácio papal, com todas as honrarias e poder elitizado para viver em uma simples hospedaria.
Do palácio à hospedaria: O nome Francisco é mais que nome; sinaliza outro projeto de Igreja na linha de São Francisco de Assis: “uma Igreja pobre para os pobres” como disse, humilde, simples, com “cheiro de ovelhas” e não de flores de altar. Por isso deixou o palácio  papal e foi morar numa hospedaria, num quarto simples e comendo junto com os demais hóspedes.
Esta sua ação é mais um exemplo de vivência Ética, e nos faz lembrar Freire (1996), ao se referir à ética, ele diz que ensinar exige “corporeificar as palavras por exemplo”. Então, pode-se perceber que Francisco tem dado exemplo do que tem pregado, o viver com simplicidade em um quarto comum, se alimentar junto com todos, e ainda mais, ressalta o cheiro das ovelhas, que vivem num pasto comum a todos. E, que a igreja seja tão simples quanto aos ambientes carentes e as pequenas flores do campo, que diferem das grandiosas e imponentes flores do altar.
Então, ainda na visão de Boff (2013), o quinto ponto relevante do papa é:
Da doutrina à prática: Não se apresenta como doutor, mas como pastor. Fala a partir da prática, do sofrimento humano, da fome do mundo, dos imigrados da África, chegados à ilha de Lampedusa. Denuncia o fetichismo do dinheiro e o sistema financeiro mundial que martiriza inteiros países. Desta postura resgata as principais intuições da teologia da libertação, sem precisar citar o nome. Diz: “atualmente, se um cristão não é revolucionário, não é cristão; deve ser revolucionário da graça”. E continua: “é uma obrigação para o cristão envolver-se na política, pois a política é uma das formas mais altas da caridade”. E disse à Presidenta Cristina Kirchner:”é a primeira vez que temos um Papa peronista” pois nunca escondeu sua predileção pelo peronismo. Os Papas anteriores colocavam a política, sobsuspeita, alegando a eventual ideologização da fé.
Observa-se que ele não é um imponente lírio de altar. E, quando não se apresenta como doutor, lhe faz mais simples ainda, não teme a política elitizada, no entanto, incentiva a inserção dos cristãos no campo político porque não há cristão que possa se envolver no campo dos questionamentos espirituais, sem se envolver na política objetiva, que busque soluções objetivas e imateriais. E, quanto ao sexto ponto de relevância, Ele ressalta a importância do diálogo como assunto fundamental entre as doutrinas, na perspectiva da inclusão e da cultura de paz na humanidade. Assim, diz Boff (2013):
Da exclusividade à inclusão: Os Papas anteriores enfatizaram, especialmente Bento XVI a exclusividade da Igreja Católica, a única herdeira de Cristo fora da qual corre-se risco de perdição. O Francisco, bispo de Roma, prefere o diálogo entre as Igrejas numa perspectiva de inclusão, também com as demais religiões no sentido de reforçar a paz mundial. (BOFF,2013)
Dessa forma, o sétimo ponto que o faz relevante se relaciona a não colocar a Igreja como ponto central das questões doutrinárias, todavia, o Papa Francisco mexeu com as feridas, fez autocrítica e incentivou o mundo à proteção da Terra e dos pobres como eixo principal na questão da vida.  
Da Igreja ao mundo: Os Papas anteriores davam centralidade à Igreja reforçando suas instituições e doutrinas. O Papa Francisco coloca o mundo, os pobres,  a proteção da Terra e o cuidado pela vida como as questões axiais. A questão é: como as Igrejas ajudam a salvaguardar a vitalidade da Terra e o futuro da vida? Como se depreende, são novos ares, nova música, novas palavras para velhos problemas que nos permitem pensar numa nova primavera da Igreja. (BOFF, 2013)
Portanto, há que se entender que a lição que nos é dada depende de fugirmos da velhas certezas e costumes, para a inserção em uma inovação eclesiástica mundial, independente do credo e dos paradigmas religiosos, pode ser possível a colaboração e humanização da humanidade, em prol de um a vida com mais qualidade. Dessa forma, o Papa Francisco se despede do povo brasileiro e diz que “Cristo está preparando uma nova primavera no mundo, que continuará nutrindo os jovens do Brasil”. Ele incentiva os jovens ao entusiasmo e alegria, e reafirma sua simplicidade ao dizer que a riqueza não está nas coisas, mas no coração e sua elegância é demonstrada com simplicidade.
Referências
BOFF, Leonardo. O que o Papa Francisco trouxe até agora de novo. Rio de Janeiro: Editora Mar de Ideias, 2013.

MUNTEAL, Oswaldo. É professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e da Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), além de pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV).

www.google.com e Rede Globo de Televisão.


[1] Maria Helena Campos Pereira é professora de Filosofia para crianças e adolescentes e Gestão de processos educativos escolares na UNIPAC – Universidade Presidente Antonio Carlos e de Metodologia Científica na Pós-Graduação da FIP – Faculdades Integradas de Patos, Paraíba polo de Governador Valadares, 28/07/2013.
[2] BOFF, Leonardo. O que o Papa Francisco trouxe até agora de novo. Boff é teólogo e autor de Francisco de Assis e Francisco de Roma. Rio de Janeiro: Editora Mar de Ideias, Rio 2013. 26/07/2013

Fervor Mundial

FERVOR MUNDIAL[1]
O mundo está perplexo
Parece não acreditar
Mas são milhões de pessoas
Que reúnem a orar
As pessoas estão perplexas
Determinadas a esperar
Existem milhões de fiéis
Que reúnem para louvar
Milagres vão acontecendo
Com fagulhas e esplendor
E as pessoas chorando
De emoção e amor
Um amor superior
Cheio de afago e ardor
São muitas orações reais
Que transcende ao seu fervor.


[1] Maria Helena Campos Pereira. Fervor Mundial. Homenagem aos adeptos e fiéis da Igreja Mundial do Poder de Deus, uma igreja que cresce com  significância no Brasil e no mundo.

Atividade para Educação Infantil

                                       

                                     INSTITUTO EDUCACIONAL HELEN KELLER

    “Inclusão, carinho e criatividade
  
Professora: Maria Helena Campos Pereira                     
NOME:________________________________________________

Objetivo: Despertar valores que se relacionam ao Ensino Religioso, através da musicalidade e alfabetização para o entendimento do meio ambiente em que se vive.

   Atividade: Vamos cantar, colorir o mar  e  fazer um círculo nas letrinhas. 
 A, E, I, O e U

                                                    QUEM  FEZ  O MAR AZUL

                                           O MAR AZUL
                                            O MAR AZUL
                         QUEM  FEZ  OS PEIXES DO MAR
                                       DEUS NOSSO PAI.

Aos amantes da Biologia

Aos amantes da Biologia
 Biólogo não…
Biólogo não come, degusta.
Biólogo não cheira, olfata.
Biólogo não toca, tateia.
Biólogo não respira, quebra carboidratos.
Biólogo não tem depressão, tem disfunção no hipotálamo.
Biólogo não admira a natureza, analisa o ecossistema.
Biólogo não elogia, descreve processos.
Biólogo não tem reflexos, tem mensagem neurotransmitida involuntária.
Biólogo não facilita discussões, catalisa substratos.
Biólogo não transa, copula.
Biólogo não admite algo sem resposta, diz que é hereditário.
Biólogo não fala, coordena vibrações nas cordas vocais.
Biólogo não pensa, faz sinapses.
Biólogo não toma susto, recebe resposta galvânica incoerente.
Biólogo não chora, produz secreções lacrimais.
Biólogo não espera retorno de chamadas, espera feed backs.
Biólogo não se apaixona, sofre reações químicas.
Biólogo não perde energia, gasta ATP.
Biólogo não divide, faz meioses.
Biólogo não faz mudanças, processa evoluções.
Biólogo não falece, tem morte histológica.
Biólogo não se desprende do espírito, transforma sua energia.
Biólogo não deixa filhos, apresenta sucesso reprodutivo.
Biólogo não deixa herança, deixa pool gênico.
Biólogo não tem inventário, tem hereditário.
Biólogo não deixa herdeiros ricos, pois seu valor é por peso vivo.
Fonte: Blogger da ciência (agradecimentos: Eliane Evanovich)

 DIA DO ESCRITOR – 25 DE JULHO

Escritor é aquele que pensa ao escrever
Sabe usar corretamente a linguística
Cria mensagens que são de utilidade pública
Ressignifica a língua com metáforas interessantes
Investiga ações futuras, atuais e históricas.
Tonifica o povo com seus registros
Organiza as letras em frases que podem ser poéticas
                 científicas, humorísticas, metafísicas…
Reescreve o mundo com pequenas ou grandes ideias.
———————————————————————–
             Parabéns a todos os escritores mundiais e aqueles que ensaiam escrever, na tentativa de ser autor de um futuro Best Seller.
                                                              Maria Helena Campos Pereira

PEC de iniciativa popular
Importante para o povo brasileiro:
FAMILIARES, AMIGOS, COLEGAS, CONHECIDOS… VAMOS ADERIR À PRESENTE “PEC” DE INICIATIVA POPULAR.
JÁ DEU CERTO COMA LEI DA “FICHA LIMPA”. VAMOS FAZER ACONTECER!
Se todos nós temos que trabalhar 30 anos para conquistar a aposentadoria, eles também podem fazer por merecer…
Vamos acreditar que é possível mudar este país.Depende de nós começarmos este movimento, ou então achar que não vale a pena e ficarmos apenas reclamando. BRASIL tem que ser agora.
É SÓ REPASSAR , CASO VC CONCORDE…

É assim que começa.
Peço a cada destinatário para encaminhar este e-mail a um mínimo de vinte pessoas em sua lista de endereços, e pedir a cada um deles para fazer o mesmo.
Em três dias, a maioria das pessoas no Brasil terá esta mensagem. Esta é uma idéia que realmente deve ser considerada e repassada para o Povo.
Lei de Reforma do Congresso de 2011
(emenda à Constituição)

PEC de iniciativa popular: Lei de Reforma do Congresso (proposta de emenda à Constituição Federal)

1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. Não haverá ‘aposentadoria por tempo de parlamentar’, mas contará o prazo de mandato exercido para agregar ao seu tempo de serviço junto ao INSS referente à sua profissão civil.

2. O Congresso (congressistas e funcionários) contribui para o INSS. Toda a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. Os senhores Congressistas participarão dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos os outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.

3. Os senhores congressistas e assessores devem pagar seus planos de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.

4 Fica vedado aos Congressistas aumentar seus próprios salários e gratificações fora dos padrões do crescimento de salários da população em geral, no mesmo período.

5. O Congresso e seus agregados perdem seus atuais seguros de saúde pagos pelos contribuintes e passam a participar do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.
6. O Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõe ao povo brasileiro, sem qualquer imunidade que não aquela referente à total liberdade de expressão quando na tribuna do Congresso.
7. Exercer um mandato no Congresso é uma honra, um privilégio e uma responsabilidade, não uma carreira. Parlamentares não devem servir em mais de duas legislaturas consecutivas.

8. É vedada a atividade de lobista ou de ‘consultor’ quando o objeto tiver qualquer laço com a causa pública.

Observação: Se cada pessoa repassar esta mensagem para um mínimo de vinte pessoas, em três dias a maioria das pessoas no Brasil receberá esta mensagem.

A hora para esta PEC – Proposta de Emenda Constitucional – é AGORA.

É ASSIM QUE VOCÊ PODE CONSERTAR O CONGRESSO.

Se você concorda com o exposto, REPASSE. Caso contrário, basta apagar e dormir sossegado.

Por favor, mantenha esta mensagem CIRCULANDO para que possamos ajudar a reformar o Brasil.

NÃO SEJA ACOMODADO…..
NÃO ADIANTA SÓ RECLAMAR…
NÃO CUSTA NADA REPASSAR…… ou compartilhar.
                                                    Fonte: Faceook
  

NINHO DE COBRA É POUCO

NINHO DE COBRA É POUCO
                                              Maria Helena Campos Pereira[1]
As baratas caminham e tonteiam pelas ruas da cidade, são milhões e milhões a vaguear, algumas com um rumo determinado, outras tateando aqui, acolá. As inflações não as intimidam, são peregrinos do ócio, que vivem a comparar preço, tamanho, cor, fabricação e qualidade. Contudo, há que se pensar na dor e no amor, pois tampar o sol com a peneira, não dá.
O povo vive de faz de conta, os maiores gestores não conseguem gerenciar os mínimos detalhes que inclusive estão previsto em lei. Tudo é um faz de conta! Até em algumas escolas, os livros são de faz de conta, uma sala de aula usa os poucos que existem, mas apenas nas fotos para apresentar em relatórios aos seus superiores, assim, distribuem os livros, os alunos fazem de conta que leem, las maestras fazem as fotografias e enviam aos responsáveis, mas na realidade, pouco se lê. E quando encontram uma professora que realmente realiza um trabalho real, com muitos contos e fábulas, utilizando o seu repertório e biblioteca particular, esta é discriminada por aqueles que fazem de conta e são apoiados pela gestora mais próxima, porque na garantia de seu emprego necessita mostrar que o trabalho é realizado com eficiência e eficácia. Como diz Hamilton Werneck (2002), “você finge que ensina e eu finjo que aprendo”.
            Isto significa que as cobras, lagartos e leoas estão soltos, em espaços onde deveriam ser de animais um pouco mais racionais e que valorizem um relatório empírico e objetivista de fato. Por isso, e muitas outras trapaças, o povo está na rua e continuará nas alamedas e vias públicas porque em diversos setores deste “país das maravilhas”, vive-se ações de faz de conta. E nas grandes instâncias governamentais, o problema se agrava cada vez mais, são cobras, cobrinhas, lulas e lulinhas, leões e leõezinhos que bramam pelo maior pedaço de churrasco.
            E o arraial globalizador do faz de conta, perpassa e ultrapassa os sonhos e esperanças de um tropical humanizado. Discursos que instigam expectativas de dias e governo melhor ficam apenas nas promessas. No entanto, este ninho é antigo, desde que entendo por gente, a maré não está pra peixe pequeno, só pros grandes peixes, animais ferozes e aqueles que fingem ser bonzinhos. Os tucanos sempre estiveram na frente, hoje, as coisas parecem melhorar, mas existem outras que só pioram, e só trocam de ninhos, mas jaracuçus, jararacas e cobras d´água, cada vez se enrolam mais, e as curvas da estrada dos “Santos” esburacam a cada dia que passa em “Covas”  e outros que se ampliam, “Lurians”, “Silvas” e “Lulas” perdem a maré alta, entretanto, em baixa continua a exercer o comando poderoso. Mesmo que, “Daniel dos Santos dos Andrés” caia na cova dos leões, o planejamento é ministrado com 50% de sua participação, mas quem sabe ver, enxerga um pingo no ar, e usa colírio pra aumentar a visão ainda mais.
             E dizem que o Brasil é um país fantástico! Sim, somos fantásticos pela expansão territorial, pelas riquezas minerais e naturais, e também nas transformações de gênios da noite para o dia, com a eficaz máquina de propagandas, que se paga para ser premiado e condecorado em quase tudo, até mesmo nas minas e energia, com escândalos e mensalões.

                 Acorda profissional da competência! Quem sabe ler, não ludibria as pessoas, não cai em toca de leão, nem em ninho dos antigos jacarés, tucanos e pica-paus. Tome cuidado porque ninho de cobra é pouco, em pais de espertalhão, cabra e vaca boa de leite custa caro para conseguir, mas depois que consegue, é só tomar cuidado com as tetas, aumentar a ração, regar o capim e ajudar os bezerrinhos.
Referências:
Gravura, fonte no facebook


[1] CAMPOS,  P. Maria Helena. Ninho de cobra é pouco. Governador Valadares: http://mhcampos.blogspot.com, 10/07/2013

SANTO DE BARRO NÃO FIRMA NO ALTAR

SANTO DE BARRO NÃO FIRMA NO ALTAR
                                                Maria Helena Campos Pereira[1]
A sociedade vive momentos difíceis, são milhões de pessoas aflitas que em diversas línguas e dialetos comunicam  as malidicências existentes no meio em que se vive. E educação não é diferente, o ensinar é sempre um processo em mutação que os gestores querem pragmatizarem.
A gestão ambiental tem sido conturbada na busca de metodologias direcionadas, que impedem o profissional “professor” de agir criativamente, utilizar métodos inovadores e diversificados. Existem gestores educacionais que se preocupam em fiscalizar as ações do gestor da sala de aula, que muitas vezes fica desanimado, perde a motivação, pois na faculdade ele aprende que o educador pode utilizar o método e o processo alfabético que ele mais domina para a aprendizagem de qualidade[2]. No entanto, esta liberdade de atuação, tem sido fiscalizada, até mesmo com ações coercitivas por alguns dito especialistas da educação, inclusive com reuniões coercivas para inquirir o professor, se ele está trabalhando ou não com um material didático específico da orientação “pedagógica”. Assim, questiona-se, onde está a verdadeira liberdade educacional de um professor com dois cursos superiores, tres cursos de especialização lato sensu, que se obriga a seguir as mesmices de alguns colegas que não se preocupam em inovar e pesquisar, mas apenas seguir as ordens de especialistas? E depois, se o processo não caminhou com eficácia, de quem é a culpa? Daquele que ordenou o fazer igual para todos, com os mesmos materiais didáticos, ou será do gestor da sala de aula, um professor humilde, simples, porém questionador e teve a iniciativa de elaborar inclusive outros jogos pedagógicos, mas foi podado, investigado em público perante toda equipe educativa, um verdadeiro inquérito “judicial”, não em um ambiente jurídico de fato, no ambiente escolar.
Que liberdade é esta que a lei orienta a diversidade pedagógica e o professor não pode agir conforme aprendeu fazer nas academias superiores, e conforme a lei da educação? Bem diz Cecília Meireles, que liberdade é uma palavra que todos procuram, mas ninguém conhece, e o Estado é instituído democrático. E as concepções de Paulo Freire orienta que na construção do conhecimento exige saber aprender, pesquisar e ensinar, de acordo com ele, isto é um ciclo gnosiológico. Entende-se ser também uma trindade pedagógica indissolúvel, onde o aprender acontece, nos diversos âmbitos da vida humana, até mesmo junto ao aluno, a partir de seu diagnóstico, das suas curiosidades, solicitações diárias e ou temas de interesse. E segundo, Carvalho (2004),
o homem é um ser aberto ao mundo, um especialista da não especialização, um ser lúdico que aprende por curiosidade ativa, […] um ser  […]  do acaso, do risco, do perigo e da crise, em aprendizagem permanente, a demandar que se desenvolva uma flexibilidade e uma plasticidade comportamental. (CARVALHO apud ASSMANN, 2004, p.145).
Neste contexto, se o sujeito é ativo, lúdico e aprende por curiosidade, com o desenvolvimento da flexibilidade, há que se rever, as posturas de alguns gestores e seus estilos interpessoais porque Santo de Barro nem sempre firma no altar, e as leis são transitórias com o dever de serem elaboradas para ajudar o sujeito moral a se organizar e posicionar na sociedade. Mas, um professor responsável, sujeito ético, fala por si só, ele segue o seu caminho com postura humana e racional de fato, respeita o outro ser humano independente das normas legais, sabe dirigir sua tarefa com autonomia, o que independe das ordens verticalizadas e autocratas, ele tem uma relação de compromisso com o seu trabalho, e neste caso pode haver abertura para uso de materiais didáticos adequados ao nível de cada aluno na sala, de investigação, de troca de conhecimentos, não apenas com técnicas e metodologias impostas e direcionadas.
Então, não generalizando é claro, ainda é tempo da gestão educacional se preocupar em exercer uma liderança mais “inspiradora”, onde o líder raramente necessita dar ordens aos seus liderados, eles se sentem atraídos pela sua figura, estão dispostos a fazer o necessário e vão além das possibilidades, eles conseguem “transcender”, são pessoas criativas, humanas e sabem conviver com sua equipe, independem de uma inspeção escolar ríspida e de atos administrativos burocráticos.
Sabe-se que a liberdade é condicionada, no entanto, a coerção também não pode existir de acordo com o artigo 5º da Lei maior do Brasil, e um dos relatórios da UNESCO enfatiza que, aprender a conviver com os outros é um dos aspectos essenciais, ao processo de ensino e aprendizagem. Entende-se que, isto é um dos maiores desafios, que os educadores podem enfrentar nos dias atuais e atuar nos assuntos que se relacionam às atitudes e valores, nesta  sociedade contemporânea, rica em comunicação e de redes sociais. Neste contexto, compreende-se que é importante o ‘combate ao conflito, ao preconceito, às rivalidades milenares ou diárias’ e dessa maneira a educação pode ser a condutora, que divulga e forma seres humanos com índole realmente racionais para o desenvolvimento de uma cultura de paz, tolerância e compreensão.
Mas, como isto pode acontecer, se os Santos de Barro não firmam no altar? Há de convir que uma das grandes escolas que tem dado certo no Brasil com um altar invejável é a Escola de Samba, onde todos trabalham com garra, ousadia, criatividade, há participação coesa das ações, sem coerção e o líder é inspirador, incentivador e empreendedor. Nesta escola, busca-se a compreensão de todos, o planejamento é cooperativo para apresentar sua música, poesia e ações coordenadas ao público em geral, com qualidade, estética, integração das ações artísticas e satisfação dos envolvidos.
Assim sendo, os Santos de Barro necessitam permanecer no altar, entretanto, com uma postura de convivência harmônica entre seus liderados, com uma atitude mais ética, inquisição não, este período foi colonial, estamos em pleno século da tecnologia, das inovações, das redes de comunicação, por isso, o convívio deve ser dialógico, transparente e a inovação pedagógica é essencial. Permanecer com um altar de barro, mudo, sem ação diversificada é continuar com reproduções que retroagem ao passado do Brasil Colônia, onde tudo só poderia ser realizado sob ordens de seus maiorais. Portanto, a sala de aula nunca será silenciosa se as atividades podem ser construtivas e sociointerativas porque a vida é barulhenta, e só a morte é taciturna e desmaia lentamente. A vida é feita de poesia, música, emoção e muita cooperação!
BIBLIOGRAFIA
ASSMANN, Hugo. Curiosidade e prazer de aprender: o papel da curiosidade na aprendizagem criativa. Petrópolis: Vozes, 2004.

Constituição Federativa do Brasil, 1988.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96
REVISTA MULTIDISCIPLINAR DA UNIESP SABER ACADÊMICO – n º 09 – Jun. 2010/ ISSN 1980-5950


[1] Maria Helena Campos Pereira é pesquisadora, professora das disciplinas de Gestão de Processos Educativos Escolares; Filosofia para crianças e adolescentes na Universidade Presidente Antonio Carlos- UNIPAC e Metodologia do Trabalho Científico na Pós Graduação da FIP- Faculdades Integradas de Patos, Paraíba.
[2] Artigo 3º da Lei nº 9394/96, LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nascional de 1976.