Maria Helena Campos Pereira
A mesma estrada de antes, que hoje estou a passar,
Revela espírito divino, e azul celeste no ar,
E novas matas que vão junto ao caminhar,
O vento lento a soprar e a verde relva abanar.
O algodão doce no céu, com várias formas se vê,
Parece impor seu retrato ao sopro do criador.
Não canso de observar, flocos no céu a bailar,
Cãozinhos e carneirinhos, que cobrem um céu azul mar.
O caminho continua malmequer, bem-me-quer.
Em Oliveiras, o ponto certo, tapete negro a passear,
É arte do grande autor, carpete estético e natural
Colore de ouro e lilás, a minha visão ao olhar.
Carro vai, carro vem, num indo e vindo muito além,
Ao cair da tarde, um amplo esplendor,
O grande rei, entre as montanhas se esconde,
Prova de que nada se iguala à obra do Criador
Algo parece dizer não vá, mas é mistério divino,
Brilho enigmático e exuberante, aos céus responde.
Artifício do Onipotente, quem sou eu pra te deter?
Energia inexplicável bem me quer e bem querer.
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¹ CAMPOS, P. Maria Helena. Bem querer. Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil: Universidade Presidente Antônio Carlos- UNIPAC/GV, 03/01/2015. Professora de Filosofia para crianças e adolescentes e Gestão de processos educativos. O poema reflete a bem querência, dos povos em todas as nações.