MÃE, GUERREIRA
Minha mãe mulher guerreira
Aventureira com olhos do céu
Batalhadora e trabalhadeira
Ama café, leite e mel
Não espera ninguém
Quando quer alguma coisa
Corre cedo e vai atrás
Do maná que vem do além
Seu trabalho é doméstico
Mas, parece social
Gosta muito de ajudar
Pobre e rico em seu portal.
Não sei o que ela pensa
Quando estás a planejar
Só sei que ela sempre ajuda
Pessoas com seu manjar.
Dona Iza é forasteira
Morou em vários locais
Vala dos Camilos e Aldeia
Mil recantos e mil porteiras.
Ariranha por pouco tempo
Novo Horizonte vai dizer
Lá gerou o último e penúltimo
Dos filhos que eram seis
Renato, Maria Helena e Roberto
Antônio Evaristo e Deraldo
Mas, Deus levou o Humberto.
Com uma virose e tétano
Mãe biológica e adotiva
Seu coração é imenso!
Filho do afeto está vivo
Na mente, no peito e no intento.
Espírito cigano, tinha
Pois meu pai quando decidia
Não pensava duas vezes
E as tralhas iam à noitinha
Agora em Itabirinha és altiva
No viver de Dona Izabel
E no meio aos seus filhotes
Gerenciava um Hotel.
Esperta que nem formiga
Gata borralheira no fogão
Seus degustes são de mel
Sósia da princesa Izabel
Não tem como imitar
Seu jeito de ser é imortal!
Acredito na espiritualidade dela,
Pois, oração de uma mãe,
Arrebenta as portas do céu!
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CAMPOS P., Maria Helena. Mãe, Guerreira. Poema elaborado para sua mãe Dona Izabel Evaristo de Oliveira por ocasião de seu internamento com uma fratura no braço. Governador Valadares: Hospital Regional, MG, 19/10/2019.