DIAGNÓSTICO DA GESTÃO ESCOLAR NO VALE DO RIO DOCE: Uma construção coletiva referente à educação básica.[1]
Maria Helena Campos Pereira[2]
Resumo
Este texto tem como objetivo apresentar os pontos de melhoria para as escolas públicas do Vale do Rio Doce e adjacências, como forma de se refletir, questionar e replanejar as ações que por ventura estão necessitando de um olhar mais profundo. Utilizou-se para isso, instrumentos da gestão pública com base em Chavianato (2005); Libâneo (2004); Rede ACES e outros.
Palavras chave: 1. Gestão escolar 2. Construção coletiva 3. Diagnóstico em escolas públicas
Introdução
É difícil falar de gestão de processos educativos escolares em uma academia sem ouvir aqueles que vivenciam o dia a dia de uma escola para a realização de um diagnóstico coerente com a realidade vivida. Assim, com os fundamentos de Freire(2006), ensinar, aprender e pesquisar não se desvinculam é um ciclo gnosiológico. Por isso, e outros motivos é que se resolveu investigar a prática gestora no Vale das Águas Doces, se assim ainda se pode dizer, ou Mar de Lamas devido a situação atual.
Os itens abaixo apresentam desafios para o gestor, professor, equipe pedagógica e toda equipe escolar para que possam fazer uma reflexão quanto ao desenvolvimento de possíveis mudanças nas organizações escolares, com busca de inovação, novos saberes, dedicação, determinação para a realização de projetos culturas, envolvam pais, familiares e comunidade em uma prática pedagógica participativa e democrática que desperte o interesse e a curiosidade de cada educando, a partir de sua vivência no cotidiano.
A metodologia utilizada foi interligada com reflexões individuais, logo em seguida com diálogos grupais, leitura, observação e análise profunda das necessidades escolares da rede pública do Vale do Rio Doce e municípios adjacentes, bem como, suas causas e consequências, a partir do “Diagrama de Causa-Efeito”.
Os resultados obtidos foram uma sequência de problemas que necessitam ser revisados e melhorados na rotina da educação básica e infantil. Dentre eles, a falta de:
- Respeito quanto ao material a escolar;
- Interesse entre professores e funcionários;
- Diálogo entre pedagogos, professores, monitores;
- Infraestrutura;
- Projeto Pedagógico Curricular e Projeto Pedagógico institucional;
- Gerência do tempo;
- Eficácia;
- Coerência de Capacitação continuada para professores e equipe;
- Monitores para alunos com dificuldade de aprendizagem;
- Compromisso do gestor com as atividades escolares globais;
- Transparência na prestação de contas com a escola e colegiado;
- Estratégia para motivar a reunião de pais;
- Convivência equilibrada;
- Salas de aula “ambientalizadas”;
- Comunicação escola, família para contribuir com o processo de ensino aprendizagem;
- Responsabilidade com o “lixo’ escolar ( Projeto 5 “S”);
Então, com base nas reflexões compostas por mais de 60 (sessenta) profissionais da educação e acadêmicos do ensino superior que estudam a respeito da gestão escolar, eles enfatizam que a vida docente precisa ser reinventada todos os dias, a prática pedagógica do professor não pode ser uma rotina de ações sem sentido e sem amor, é necessário que o professor seja inovador e pesquisador, para desenvolver uma prática significativa e de formação. No cotidiano o professor deve saber provocar novas situações, construir novos cenários, desconstruir e reconstruir conceitos que estimulam a aprendizagem.
O mundo hoje necessita de profissionais nas escolas capazes de modificar as estruturas do ensino escolar, tanto externo, quanto interno, com lutas, mobilização de outros profissionais para que a mudança aconteça, e abra as portas para uma nova educação de fato. A educação é um processo permanente e contínuo porque nunca acaba, e os profissionais da área necessitam ser pacientes, porque os resultados nem sempre aparecem imediatamente, por isso o professor tem que ser confiante, ter uma atitude positiva, ser justo e compreensível ao avaliar seu aluno, tendo os resultados como ponto de partida para o recomeço de novas dificuldades a serem superadas e novos saberes a serem adquiridos, a partir do processo de ensino e aprendizagem.
O professor tem que estar preparado, ser capaz de explorar novas situações, novos limites, se expor a novas buscas para fazer a diferença na vida de seus educandos, com a responsabilidade de formar cidadãos conscientes, reflexivos de seus direitos e deveres, com posturas reflexivas e ponderadas, porém com criticidade no meio social.
Portanto, não é possível mais brincar de formação dos educandos, porque a educação não pode ser confundida com o consumo e o sistema de produção. É claro que está relacionado, mas, o processo educativo é transcendente e vai além dos muros da escola, com uma significância que se responsabiliza pelo resgate e incremento dos valores éticos/morais e culturais.
Referências
CHAVIANATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 2005
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Altonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra 1996.
LIBÂNEO, José Carlos. O sistema de organização e gestão da escola. Rio Grande do Sul: Alternativa, 2004/2013
REDE ACES – Rede de Ambientalização Curricular no. Ensino Superior. Disponível em: nsma.udg.es/ambientalitzacio/web_alfastinas/…/Aces2/03Capitol2.pd
[1] Prof. Maria Helena Campos Pereira e Acadêmicas do 7º Pedagogia 2016/1. DIAGNÓSTICO DA GESTÃO ESOLAR NO VALE DO RIO DOCE: Uma construção coletiva referente à educação básica. Governador Valadares: UNIPAC –GV, 15/2/2016.
[2] Maria Helena Campos Pereira é mestre e doutoranda em Ciências da Educação com linha de pesquisa em Inovação Pedagógica e Educação Ambiental pela UMa e FUNIBER. É professora da Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC GV e Faculdades Associadas de Patos – FIP.