Arquivo mensais:março 2012

Aos Mineiros e a todos os poetas naturalistas

            LETAS MULTICORES[1]
No Parque das Mangabeiras
Perto dos arranhas céus
Viviam muitas abelhas
Com doces lábios de mel
Lá floriu lindas avencas,
Rosas, dálias, cravos mil,
Mas, a donzela das flores
Era o Ipê do Brasil
Casulos e borboletas
Chegavam a sapatear
Mas, a Tieta era esperta
Faziam todos se arrastar
Nos meses de fevereiro
Não tinha briga, nem formiga
No meio da multidão
Era pura… pura… emoção!
O borboletário altivo
Com tantas cores no ar
“Letas” rosas a sambar,
E verdes a sapatear.
E lá na roça, as formiguinhas,
Folhas verdes a cortar
Preparavam o seu deguste
Que o inverno ia chegar.


[1] CAMPOS  Pereira, Maria Helena. Letas Multicores. Belo Horizonte: Nas ruas da cidade, 2007 .  Este poema foi escrito em 13 de setembro de 2007, quando a autora em busca de tratamento de alguns pólipos vesiculares, caminhava pelas ruas da capital mineira, Belo Horizonte, próximo ao Parque das Mangabeiras, onde ela extrapolava sua emoção, ao verificar e apreciar a beleza dos Ipês, com flores, rosas e amarelas na primavera Belorizontina. E ao mesmo tempo admirava a quantidade de pessoas, jovens, senhoras e senhores com a moda bem colorida pelos caminhos sem par, como a  rodopiar e bailar.

Pensamento do dia:

A instituição educacional e mundo necessitam de gestores infinitos… com multivisão, transcendentes, artísticos, motivadores, estratégicos, empreendedores, holísticos, que promovam o  “aCORdar”, dar cor e acordes sinfônicos à vida das pessoas.
                                                               Maria Helena Campos Pereira

Poema aos Itabirenses e Valadarenses

Pedra Coração, Pedra Emoção

                                
Maria Helena Campos Pereira   
                                                                                           

Pedra  formosa “Boneca”[1]

Que inspira canção
Impulsiona o sorriso
E um aperto de mão.
              Boneca veneno

          Que às vezes fez chorar

                  Devido lutas sangrentas,
              Que foste testemunha ocular
Se és de ferro não sei
Ou em ferro tornarás
Só sei que és poderosa
Em todo meu linguajar
              Seu brilho a muitos encantam
              Sua forma e seu tamanho também
              Os filhos da Terra a ti cantam:
              Sua orla és enfeite sem par.
Boneca que a muitos fez sorrir
Fez chorar e fez cantar!
Seu peito de aço ou de ferro…
A mim inspira emoção e vive em meu coração.
              A pedra que hoje me inspira
              Também  é de uma beleza sem par
              As “asas” que a rodeiam
              São lindas e nos faz sonhar.
Seu formato é bem diferente
Seu redor, pura emoção no ar…
Venham todos, filhos e andarilhos,
Observar e aplaudir: homens-pássaros sobrevoar![2]



[1] A autora refere-se à Pedra da Boneca na cidade de Itabirinha, terra em que viveu sua adolescência e juventude.
[2] Hoje, aos  pés da Ibituruna, ela a denomina de Pedra Emoção, ao observar os asas deltas e toda a vibração no ar.

      Dedica-se a todos os Valadarenses e Itabirenses amantes da poesia e de sua Terra Natal.

Organização e gestão da escola

De acordo com Libâneo(2011), as instituições sociais existem para realizar objetivos. Os objetivos da instituição escolar contemplam a aprendizagem escolar, a formação da cidadania, valores e atitudes. O sistema de organização e de gestão da escola é o conjunto de ações, recursos, meios e procedimentos que propiciam as condições para alcançar esses objetivos.
Com base nas teorias deste autor, responda:
. Qual a diferença existente entre as características de uma gestão escolar com a das empresas industriais, comerciais e de serviço? ( p.315)
. O que significa organizar?( p.316)
. Tendo em vista a consecução dos objetivos, escreva os princípios e procedimentos da organização escolar? ( p.316)
. Explique a característica interativa na abordagem de Chiavenato(1989) apud Libâneo (2011p.316).
Referência bibliográfica
LIBÂNEO, José Carlos. O sistema de organização e de gestão da escola: teoria e prática.Goiania: Ed. Alternativa, 2011. Cap. II pág. 315/ 351

O cérebro e o interesse

Você sabia que o papel mais importante do professor é auxiliar na seleção e orientação dos alunos, para que os mesmos possam  excluir muitas informações pouco confiáveis ou irrelevantes?
De acordo com a neurociência, os centros cerebrais que regulam a memória de trabalho se encarregam de utilizar a informação pertinente e inibir aquelas que são distraidoras.(CONSENZA,2011)
Pode-se dizer então, que se o cérebro é seletivo ele tem interesse na informaçào pertinente. Dessa forma, a maneira mais importante para prender a atenção do aluno é apresentar o conteúdo a ser estudado, de maneira que os mesmos o reconheçam como importante.

Isto é talvez, um grande desafio a ser realizado no ambiente escolar, ao considerar a falta de interesse dos alunos pelos conteúdos apresentados.

Então, será que é difícil conquistar o interesse dos alunos? Que tal experimentar o ensino com base nesta abordagem, onde o foco da aprendizagem perpassa pelo interesse?

Referência Bibliográfica
CONSENZA,  Ramon M. & GUERRA, Leonor B. Neurociência e educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre: ArtMed, 2011

                       “MILITAS DE AR” [1]

          
Recordo-me com muito brio
Do período ‘militas de ar’
Foram muitas noites de frio
Sem reflexo do luar
Papai, mamãe me diziam.
Cuidado com os contos de lá
A censura está por aí
Perigoso meu filho é falar
 Podridão sempre houve e haverá
                                                               Meretrizes também existiam
                 Mas, as casas noturnas eram próprias
                 P’ros momentos de poligamia
Vou contar p’ra vocês o que sinto:
Neste tempo era angústia e pavor
Todo mundo amava e sofria,
Mas, romance era com muito amor.
Os amantes se emudeciam
Ao reflexo de luar
Eram flertes e juras de amor
Que faziam o sujeito sonhar
Rapazinhos e moças faceiras
Brincavam de pique ao luar,
Mas, no ato desta brincadeira
Brincavam também de amar.
Recordo-me com muito frio
Dos tempos outrora de lá
Eram abraços e beijos calientes
Que faziam do amor um manjar.
Aos sábados, os amigos se viam
Incapazes de se comunicar
Timidez era a lei das mulheres
Não podiam se declarar
                          
  Os  amantes emudeciam
 ao saltitar da ‘bomba emoção’
 com códigos se comunicavam,
 o que dizia o coração! 
Com muito calor e brio
Ainda vivo a recordar
Foram muitas noites de frio
No período militas de ar.
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Obs: O sentimento constrói a arte, a arte destrói o sentimento.
.


[1] CAMPOS, P. Maria Helena. Militas de ar. Composição poética elaborada e declamada no Projeto Decola Inhapim: FAESI – Faculdade de Inhapim, 07 de novembro de 2004.